Israel adverte EUA contra participação do Irã na crise do Iraque!
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu neste domingo que qualquer intervenção na crise do Iraque deve evitar um aumento da influência do Irã no país e no cenário internacional.
Em entrevista ao canal americano NBC, Netanyahu afirmou que "o que vemos hoje no Oriente Médio, no Iraque e na Síria é o ódio visceral entre os xiitas radicais, neste caso liderados pelo Irã, e os sunitas radicais, encabeçados pela Al-Qaeda, pelo EILL (Estado Islâmico no Iraque no Levante) e outros".
"Ambas partes são inimigas dos Estados Unidos, e quando dois inimigos se confrontam, não devemos fortalecer nenhum, temos que deixá-los debilitar um ao outro", acrescentou.
"De longe, o pior resultado seria que um dessa facções, o Irã, conquistasse a capacidade de produzir armas nucleares. Isso seria um erro trágico, faria que todo o resto não fosse nada em comparação", alertou Netanyahu.
O premiê declarou que é preciso "tomar as medidas necessárias para impedir que o EILL tome o controle do Iraque, e evitar que o Irã domine o Iraque da forma que fez hoje no Líbano e na Síria".
Israel teme que os Estados Unidos cedam terreno à Teerã nas negociações sobre o programa nuclear, para conseguir ajuda na crise iraquiana.
Confrontos entre grupos insurgentes deixam mortos no Iraque
Combates entre grupos de insurgentes sunitas deixaram 17 mortos na província iraquiana de Kirkuk, informaram neste sábado (21) um funcionário da segurança e várias testemunhas.
Os confrontos explodiram na noite de sexta-feira (20) entre o Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) e o Exército dos adeptos da Nakshabandia (JRTN) em Hawija, na província de Kirkuk.
Várias zonas desta província ao norte de Bagdá estão nas mãos dos insurgentes desde que eles lançaram uma ofensiva há mais de 10 dias com o objetivo declarado, segundo o EIIL, de chegar a Bagdá.
Os motivos destes combates não estão claros. Segundo um funcionário de segurança, os combatentes do JRTN se negaram a entregar suas armas e a jurar lealdade aos jihadistas.
Mas, segundo testemunhas, os dois grupos se enfrentaram pelo controle dos tanques de petróleo.
Estes confrontos podem ser o primeiro sinal de um desmembramento da coalizão insurgente, composta por múltiplos grupos, e que inclui ex-oficiais do exército de Saddam Hussein, movimentos salafistas e membros de tribos.
O EIIL defende uma interpretação rígida do Islã e quer criar um Estado Islâmico em uma região na fronteira entre Iraque e Síria. No entanto, os demais grupos têm, principalmente, divergências políticas com o governo central de Bagdá, dirigido pelo xiita Nuri al-Maliki.
Na vizinha Síria, o EIIL, acolhido inicialmente de braços abertos pela rebelião que enfrenta o regime de Bashar al-Assad, está envolvido em uma guerra fratricida com os outros grupos, cansados de seus objetivos hegemônicos e dos abusos que comete contra a população e contra os rebeldes de outros movimentos.
Sunitas tomam duas regiões de fronteira no Iraque
Segundo informações de militares do Iraque, os militantes sunitas do Estado Sunita Militante no Iraque e o Levante (ISIL), grupo dissidente da al-Qaeda, tomaram dois pontos de fronteira, um chamado Turaibil na fronteira com a Jordânia e outro com a Síria, chamado al-Walid.
Os militantes já tomaram também, desde a última sexta-feira, as cidades de Qaim, Rawah, Anah e Rutba, localizadas na província de Anbar, onde, desde janeiro, controlam a cidade de Fallujah e parte da capital da província Ramadi.
A tomada das cidades de Rawah, às margens do Rio Eufrates, e da vizinha Anah, parece ser uma tentativa dos extremistas de controle da barragem na cidade de Haditha, o que prejudicaria a rede elétrica do país.
Já a cidade de Rutba dá aos insurgentes o comando sobre o trecho final de uma rodovia próxima à Jordânia, usada para o transporte de passageiros e mercadorias.
Segundo os oficiais do Iraque, que falaram em condição de anonimato, mais de 2 mil oficiais foram enviados para a região da barragem, em Haditha.
Iraque: ataque aéreo deixa pelo menos sete mortos em Tikrit
Um ataque aéreo matou pelo menos sete pessoas neste domingo em Tikrit, cidade sob controle de insurgentes sunitas no norte do Iraque, onde as forças de segurança tentam abafar a ofensiva jihadista iniciada há quase duas semanas.
A televisão estatal iraquiana informou que os ataques contra um grupo de insurgentes matou 40 deles, enquanto que testemunhas disseram à AFP que sete pessoas foram mortas neste ataque contra um posto de gasolina no centro da cidade.
Essas testemunhas não souberam precisar se as vítimas eram combatentes.
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