- Bastidores da Guerra
Segundo o Ministério das Relações Exteriores russo, o Conselho OTAN-Rússia pode reunir-se antes do verão, acenando para a redução das tensões entre as partes, tendo como grande êxito o cessar-fogo na Síria.
Começa o cessar-fogo na Síria e a mídia ocidental demonstra o sucesso do plano nessas primeiras horas de não-guerra, mesmo com relatos de ataques. O cessar-fogo envolvem o governo de Assad e alguns grupos de rebeldes "moderados" que querem a queda de seu presidente. O acordo não vale para o Estado Islâmico, o que servirá de pretexto para todas as potências, regionais e mundiais, para a contínua escalada na região.
Nos últimos dias, chegaram relatos da mídia local, de que os países sunitas aconselharam a todos os seus cidadãos de abandonarem o Líbano, provavelmente uma proteção devido a uma grande ação que está por vir ou atentados de grandes proporções no país xiita. Tal ação coincide com o acúmulo de ativos militares dos sunitas na Turquia, liderados pela Arábia Saudita. Especialistas deduzem que, com o cessar-fogo em vigor na Síria, o conflito tende a ser continuada em outros países da região, porém, os supostos futuros ataques da Arábia na Síria, mesmo que visando o EI, pode mudar toda a estratégia na região.
- O fator Estado Islâmico
O Estado Islâmico voltou a avançar na Síria, no Iraque e na Líbia. Neste fim de semana, ataques coordenados no Iraque deixaram mais de 70 mortos e centenas de feridos. Com o cessar-fogo sírio, o fator EI pode traçar rumos da guerra na região. Ainda é cedo para dizer se os rebeldes, Assad e potências visarão agora o grupo extremista, nós do Sempre Guerra seguimos céticos com o frágil cessar-fogo, que pode acabar a qualquer momento.
- A guerra na África
A Líbia acusou recentemente a França de enviar tropas terrestres para ações militares clandestinas contra o Estado Islâmico no país. O frágil governo local tem bombardeado posições do EI no país, mas que não tem tido muito sucesso para frear os avanços do grupo extremista.
O Boko Haram sofreu grandes baixas nesta semana, Camarões afirma ter matado 92 membros do grupo e Nigéria libertou centenas de reféns. Os EUA cogitam ajudar a Nigéria na guerra contra o grupo extremista africano, ainda não está claro se a ajuda é humanitária ou ataques aéreos. Espera-se uma nova retaliação do grupo nos próximos dias.
- Tensão na Ásia
Aumentam as tensões com a China reivindicando a maior parte do mar em disputa com países como Malásia, Filipinas, Brunei e Vietnã. Os atritos aumentaram após a recente instalação chinesa de mísseis e jatos de guerra no disputado arquipélago de Paracelso. Países do bloco ASEAN e os EUA manifestaram preocupações com o ocorrido. Não acreditamos em confrontos diretos nesta disputa, porém, achamos que vai ter aumento de exercícios e ativos militares na região, escalando ainda mais as tensões.
- Ucrânia: Conflito não resolvido
Continuam os confrontos isolados nas regiões em disputa no leste ucraniano. Recentemente, funcionários ligados ao ministério da defesa ucraniana disseram às mídias locais que o país faz um planejamento de seus ativos militares, visando a recuperação da Criméia, anexada pela Rússia em 2014. A nossa opinião é que a Ucrânia não vai entrar em guerra direta com a Rússia e foi aconselhada pelos EUA de evitar quaisquer hostilidades, seguindo o acordo de cessar-fogo de Minsk. Portanto, a vez no xadrez ficará para a Rússia, que pode escalar o conflito ucraniano caso o acordo sírio não seja cumprido pelo ocidente e seus aliados.