A Rússia realizou seu primeiro ataque aéreo na Síria nesta quarta-feira (30) próximo à cidade de Homs, informou uma autoridade americana à emissora CNN. Parlamento da Rússia autoriza uso de tropas na Síria
A ação militar ocorre logo após o Parlamento russo ter autorizado, a pedido do presidente russo, Vladimir Putin, o uso da Força Aérea na Síria para dar suporte ao regime do ditador Bashar al-Assad.
Os russos teriam informado os Estados Unidos sobre a operação com antecedência para que aviões americanos que realizam bombardeios contra posições da facção radical Estado Islâmico (EI) não sobrevoassem a Síria.
Segundo a autoridade, os ataques aéreos americanos prosseguem normalmente.
A operação é limitada a Força Aérea como relatado pelo chefe de gabinete Sergei Ivanov. A última vez Câmara Alta da Rússia aprovou o envio de militares foi há um ano, com a movimentação militar na Criméia. As informações são do jornal El País.
"O Conselho da Federação apoiou por unanimidade a pedido do presidente, com 162 votos a favor", disse Ivanov, segundo a agência de notícias russa Tass. Ivanov disse que a Rússia vai usar apenas a força aérea na Síria para atacar as posições do Estado Islâmico (EI) e que representa um pedido do regime presidido por Bashar al-Assad. "O presidente sírio dirigiu-se à liderança de nosso país para pedir ajuda militar, para que possamos dizer que o terrorismo deve ser combatido, e que os esforços devem ser combinados, mas ainda precisa respeitar as regras do direito internacional" Ivanov disse a repórteres depois de falar ao Senado em nome do Putin.
Segundo o jornal espanhol, Putin reforça a estratégia apresentada ao presidente americano Barack Obama na segunda-feira (29/9) durante seu encontro na Assembléia Geral da ONU em Nova York, e que difere do presidente dos Estados Unidos. Enquanto Putin é a favor do reforço para Assad atacar o Estado Islâmico, Obama acredita que o ditador deve deixar o país. Durante semanas, a Rússia foi reforçar a sua presença militar na Síria. Há apenas duas semanas, Moscou admitiu a presença de especialistas militares russos no Iraque, que sofre uma guerra civil desde 2011.
Em um comunicado, o Kremlin disse que os aliados foram informados da decisão de quarta-feira (30/9) pelo Senado. No seu pedido de autorização para a câmara alta do parlamento, Putin tem protegido sua decisão de enviar forças militares para a Síria "nos fundamentos dos princípios e normas reconhecidas no quadro do direito internacional", segundo a RIA Novosti.
Rússia, Irã, Iraque e Síria têm criado um centro de informação em Bagdá para coordenar as operações de contra-ataque ao Estado Islâmico, com dados como o número de militantes dentro da organização, suas armas e seus movimentos.
Parlamento da Rússia autoriza uso de tropas na Síria
O Parlamento da Rússia concordou com o pedido do presidente do país, Vladimir Putin, e autorizou nesta quarta-feira (30) o envio de tropas aéreas russas à Síria. O objetivo é ajudar o governo sírio a combater militantes do Estado Islâmico (EI).
A medida deve afetar o equilíbrio de forças na Síria, já que, apesar de terem como alvo comum o Estado Islâmico, Rússia e Estados Unidos apoiam forças diferentes no conflito. Enquanto o governo russo apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, as forças ocidentais dão suporte a grupos de rebeldes locais, que são contrários a Assad. A guerra civil no país já dura quatro anos e fez mais 250 mil vítimas.
Os ataques aéreos russos na Síria começaram horas após a autorização do Parlamento. Segundo o Ministério da Defesa, os alvos são equipamentos militares, comunicações e depósitos de armas, munição e combustível, informou a agência Interfax.
"Estes ataques aéreos foram feitos de acordo com as forças sírias e com a ajuda do centro de coordenação antiterrorista de Bagdá", disse um responsável do Ministério da Defesa russo, Yuri Yakubov, citado pela Interfax. Segundo ele, os aviões russos foram pilotados por militares sírios.