Mapa de Armênia, Azerbaijão e Turquia, Abaixo fica o Irã e acima a Geórgia, qualquer conflito pode transformar a região em "Guerra Continental", um passo para a "Guerra Mundial"
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu neste domingo à Turquia para que dê os "passos prometidos para normalizar as relações com a Armênia", em entrevista coletiva conjunta com seu colega armênio, Edvard Nalbandian. "Cumprimentamos a decisão do presidente armênio (Serzh Sargsyan) de continuar com o processo de normalização de relações (com a Turquia) apesar de todas as dificuldades. Falando em termos esportivos, hoje a bola está no outro lado", disse Hillary.
Em abril, Sargsyan anunciou o congelamento do processo de normalização de relações diplomáticas com a Turquia após acusar o governo de Ancara de sabotar a iniciativa, mas não revogou sua assinatura nos históricos acordos feitos no ano passado na Suíça. Os acordos assinados na Suíça previam a abertura das fronteiras entre ambos os países e a criação de uma comissão para estudar o chamado genocídio armênio, que a Turquia não reconhece.
Outro dos problemas que atrapalha a normalização entre Turquia e Armênia é o conflito em Nagorno-Karabakh, um enclave de maioria de população armênia oficialmente pertencente ao Azerbaijão, mas que declarou independência de Baku unilateralmente após uma sangrenta guerra no começo da década de 1990. Em protesto pelo conflito, a Turquia, que mantém laços étnicos, culturais e estratégicos com o Azerbaijão, fechou sua fronteira com a Armênia em 1993 e congelou todas as relações com Yerevan.
A chefe da diplomacia americana chegou neste domingo à Armênia no que é a penúltima etapa de sua viagem pelo Leste Europeu e o Cáucaso Sul, que já a levou a Ucrânia, Polônia, Azerbaijão e que termina amanhã na Geórgia. Assim como fez neste domingo em Baku, a capital do Azerbaijão, Hillary ressaltou em Yerevan que os EUA condenam o uso e a ameaça do uso da força na zona do conflito pelo controle de Nagorno-Karabakh.
"Convidamos as partes a se abster do uso da força e das ameaças. Entendemos que as partes terão que dar passos complexos, mas isto é necessário para o avanço do processo de paz", afirmou Hillary.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários anônimos ou registrados estão liberados e serão moderados pelo Administrador do Blog.
Comentários envolvendo palavrões, ameaças, racismo e preconceito religioso ou sexual ou quaisquer outro tipo de ofensa, serão excluídos em respeito ao leitor.