segunda-feira, 15 de setembro de 2014

EUA ATACAM ESTADO ISLÂMICO EM BAGDÁ E AMEAÇA ASSAD

Começam os planos dos EUA para Iraque e Síria. EUA lançam o primeiro ataque contra o Estado Islâmico em Bagdá. Americanos ameaçam Assad, caso ataque os caças dos aliados. Aliados de 30 países se unem militarmente para a guerra no Iraque e na Síria!

Os Estados Unidos lançaram nesta segunda-feira (15) um ataque aéreo contra alvos do grupo Estado Islâmico(EI) ao sul de Bagdá, capital do Iraque, afirmou o Comando Central dos EUA nesta segunda. Foi o primeiro ataque aéreo contra o EI na região de Bagdá, informou um funcionário da secretaria de Defesa à agência France Presse.

Segundo disse o funcionário à AFP, aviões de guerra norte-americanos lançaram ataques perto de Bagdá enquanto outras aeronaves atacavam as montanhas de Sinjar a oeste de Mosul, no norte do país.

A defesa aérea dos militares sírios enfrentaria retaliação se a Síria tentar responder a ataques aéreos norte-americanos contra alvos do Estado Islâmico na Síria, disseram altos funcionários dos Estados Unidos nesta segunda-feira.

A autorização do presidente Barack Obama para uso do poder aéreo norte-americano contra as fortalezas do Estado Islâmico na Síria levantou a questão se o presidente sírio, Bashar al-Assad, responderia de alguma forma.

Altos funcionários dos EUA que falaram com jornalistas disseram que Assad não deve interferir e que os Estados Unidos têm uma boa noção de onde as defesas aéreas sírias e instalações de comando e controle estão localizadas.

Um funcionário disse que os militares de Assad apenas atuariam se houvesse ameaça sobre a capacidade dos EUA de operar na área, que colocassem as defesas aéreas da Síria na região em risco.

Os Estados Unidos reforçaram que não irão coordenar com o governo Assad de nenhuma forma, em sua luta contra o Estado Islâmico. A posição de Obama tem sido de que ele gostaria de ver Assad fora do poder, especialmente depois de usar armas químicas contra seu próprio povo, no ano passado.

Mas ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria poderiam ter o efeito indireto de beneficiar Assad, uma vez que os extremistas têm lutado contra o governo sírio, durante o que é agora uma guerra civil de três anos.

Washington quer treinar e equipar os rebeldes sírios que são considerados moderados para manter o território livre para os ataques aéreos norte-americanos.

Cerca de 30 países presentes na Conferêbncia de Paris sobre o Iraque concordaram nesta segunda-feira (15) em fornecer ajuda militar apropriada a Bagdá para combater insurgentes do grupo radical estado Islãmico, em um comunicado divulgado após o início das conversas. Segundo o texto, emitido por autoridades francesas, combater o grupo é "uma questão de emergência", embora não haja ainda detalhes sobre o tipo de ajuda militar que seria enviada.

Os EUA revelaram esta semana um plano geral para combater os militantes islâmicos simultaneamente no Iraque e na Síria. O governo norte-americano acredita poder forjar uma aliança sólida, apesar da hesitação entre alguns parceiros e questões sobre a legalidade das ações, especialmente na Síria, onde o grupo militante tem uma base de poder.

Ministros das Relações Exteriores dos principais países europeus, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, os vizinhos do Iraque, mais o Catar, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos (países do Golfo Pérsico), se reuniram para discutir os aspectos humanitários, políticos e de segurança no combate ao Estado Islâmico.

O Irã, que é muito influente no Iraque, país vizinho, não está participando da conferência.

Com o objetivo de apoiar o combate ao grupo extremista "Estado Islâmico" (EI), a França anunciou voos de reconhecimento sobre o Iraque a partir desta segunda-feira (15/09). Os voos devem partir da base francesa em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, disse o ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, à emissora de rádio France Inter.

Segundo o ministro, seis aviões de combate franceses estão estacionados na base. Fabius fez o anúncio antes de uma conferência internacional em Paris, para discutir o avanço do EI e a estabilidade do Iraque. O principal tema do encontro deve ser uma ação conjunta contra o EI, que controla grandes áreas do Iraque e da Síria.

A Austrália vai começar a enviar tropas e aviões para o emirado de Abu Dhabi nesta semana, tornando-se o primeiro país que apoia por terra a ofensiva dos Estados Unidos contra o Estado Islâmico no Iraque, anunciou nesta segunda-feira a agência local AAP.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbot, detalhou no domingo que seu país enviará até 600 soldados e dezenas de aviões, entre eles sofisticados caças Super Hornet. O premier reconheceu em declarações à imprensa local que a guerra contra o grupo extremista pode estender por muitos meses.

Combatentes curdos sírios recuperaram o controle de 14 povos da Província setentrional de Al Hasaka na Síria após choques com o grupo jihadista EI (Estado Islâmico), informou nesta segunda-feira (15) a milícia Unidades de Proteção do Povo Curdo.

Em comunicado divulgado em seu site, esta força curdo-síria explicou que seus milicianos iniciaram em 13 de setembro uma operação contra os "terroristas", em referência ao EI, que ameaçavam tomar a cidade de Qameshli, e desde então retomaram o domínio de 14 locais.





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