Intensos combates estavam em andamento entre rebeldes huthis e as forças pró-governo no sul do Iêmen, além do bombardeio da coalizão liderada pela Arábia Saudita, enquanto o enviado da ONU chegou em Sanaa para retomar a sua iniciativa de trégua humanitária. Ao menos 17 pessoas morreram nas últimas horas, desde março, são 2800 mortos.
Em Áden, a maior cidade do sul do país, a coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita lançou ao alvorecer vários ataques aéreos contra posições rebeldes, matando oito deles, enquanto seis civis foram mortos na queda de foguetes disparados pelos rebeldes contra áreas residenciais da cidade, indicaram testemunhas e uma autoridade local.
Em Lahj, combatentes da "Resistência Popular", uma força favorável ao presidente no exílio Abd Rabbo Mansour Hadi, realizou na madrugada deste domingo um ataque contra um comício rebelde, matando 11 insurgentes, de acordo com fontes autoridades.
Simultaneamente, um outro grupo da Resistência tomou duas posições perto da base aérea de Al-Anad depois de uma batalha que resultou na morte de oito insurgentes e de dois combatentes pró-governo, acrescentaram.
A aviação da coalizão bombardeou durante a noite posições dos rebeldes xiitas huthis e seus aliados, os militares que permaneceram leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, nos acessos norte e nordeste de Áden, segundo indicaram habitantes locais.
Por sua vez, os rebeldes dispararam vários foguetes Katyusha contra bairros residenciais de Áden, incluindo Mansoura, Bir Al-Fadl e Inchaat, informou à AFP uma autoridade provincial.
Três dos foguetes caíram em um jardim de infância, onde vários deslocados estavam refugiados, matando seis pessoas, incluindo uma criança, e ferindo outras 11, acrescentou a mesma fonte, cujo balanço foi confirmado à AFP por uma fonte médica.
As vítimas são refugiados somalis que haviam encontrado abrigo neste jardim de infância, segundo outra fonte médica.
Enquanto isso, o enviado da ONU para o Iêmen, Ismail Ould Sheikh Ahmed, chegou em Sanaa, em uma nova tentativa de garantir uma trégua humanitária nas duas semanas restantes do mês de jejum do Ramadã.
O diplomata da Mauritânia, que já se reuniu em Riad com o presidente Hadi, reiterou neste domingo que procura obter "uma trégua humanitária rapidamente" e alcançar "uma solução pacífica para a crise".
Em uma declaração no aeroporto de Sanaa, ele acrescentou que multiplicou os esforços em vista de "uma solução que seja sustentável e que permitirá um retorno à mesa de diálogo" de todos os protagonistas da crise.
A ONU decretou na quarta-feira seu nível mais alto de emergência humanitária para o Iêmen, onde os combates fizeram no final de junho 2.800 mortos, incluindo 1.400 civis, e 13.000 feridos desde março, segundo a organização.
Os huthis, apoiados pelo Irã, controlam desde julho de 2014 grandes territórios do Iêmen. Em 26 de março, a Arábia Saudita assumiu a liderança de uma coalizão árabe para impedir os insurgentes de tomar o controle de todo o país quando estes alcançaram Áden, forçando Hadi a fugir para o exílio.
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários anônimos ou registrados estão liberados e serão moderados pelo Administrador do Blog.
Comentários envolvendo palavrões, ameaças, racismo e preconceito religioso ou sexual ou quaisquer outro tipo de ofensa, serão excluídos em respeito ao leitor.