Marcel Hirata, colunista líder do blog Sempre Guerra e da página no facebook, lança o seu mais recente editorial: Os Caminhos da Terceira Guerra Mundial. Hoje, a introdutória parte 1 de várias partes que virão.
Caros leitores do Sempre Guerra! É uma honra compartilhar meus pensamentos sobre as atualidades que nos cercam, apesar que muitos ainda não tem a mínima noção dos perigos que enfrentamos e os riscos de uma guerra total entre potências.
O blog e a página no facebook do Sempre Guerra, tem o importante objetivo de noticiar os fatos que, muitas vezes, passam despercebidas ou com pouca relevância pelas mídias convencionais. Objetivo este, cada vez mais difícil de ser cumprido pelos nossos administradores, já que temos que conciliar as nossas atividades pessoais com este projeto.
Diante de tais dificuldades, é raro lançarmos um editorial. Aproveito este domingo de "calmaria" no mundo para começar uma série de editoriais para que os nossos caros leitores reflitam sobre o que ocorre no mundo e o que está por vir.
O tema não poderia ser mais polêmico: A Terceira Guerra Mundial. Para muitos, se não a grande maioria, é uma utopia distante de ocorrer. Será mesmo?
Apresentarei então, nesta parte 1, apenas uma introdução deste tema bastante complexo e controverso.
EUROPA, OTAN E RÚSSIA:
No ano de 2014, foi um ano com as maiores tensões. Logo no início, as manifestações na Ucrânia chegaram ao seu ápice em fevereiro, o então presidente pró Rússia, Victor Yanukovich cai, dando sequência a uma série de eventos tensos como a queda do avião MH370, que foi abatido no leste ucraniano, a anexação da Criméia pela Rússia, após um referendo polêmico e o início de uma guerra civil no leste ucraniano entre grupos pró-Rússia e exército e grupos pró-Ocidente.
A partir de então, uma série de eventos desencadearam o que muitos chamam de a "nova guerra fria", a Europa e OTAN, liderados pelos EUA começam a acusar a Rússia de cometer expansionismo e de elevar as tensões nunca antes vistas desde a última guerra fria.
Diante de tais argumentos, países membros da OTAN e parceiros, liderados pelos americanos, aprovam uma série de sanções econômicas contra a Rússia. O que fez a economia do país estagnar.
Em retaliação, a Rússia fez o mesmo, bloqueando a compra de alimentos da Europa, dando oportunidades a países neutros como o Brasil.
A corrida armamentista e os jogos de guerra ganharam força total neste período. A OTAN, liderada pelos americanos e países aliadas da Rússia, se desafiaram em jogos de guerra cada vez mais próximos das fronteiras inimigas, podendo desencadear um sério conflito militar.
ÁFRICA E ORIENTE MÉDIO:
Neste mesmo período, outros eventos paralelos ocorrem, a ascensão do Estado Islâmico na Síria e Iraque, do Boko Haram na Nigéria, Al-Shabab na Somália e outros grupos terroristas em locais com uma política frágil, que crescem com o hiato das potências nestas regiões.
Há um grupo que defende que estes grupos terroristas, principalmente o Estado Islâmico, seja uma criação ou tenha recebido ajuda dos EUA, de Israel e/ou da Arábia Saudita, este último pelo fato do grupo EI ser sunita, que é a maioria na Arábia.
Sendo patrocinado por estes países ou não, a ascensão do Estado Islâmico tem ocupado os outros inimigos dos EUA, de Israel e Arábia. Grupos sunitas como a Al-Qaeda, rebeldes sírios, Al-Nusra e recentemente o Hamas, além do xiita Hezbollah e governos de maioria xiita como a Síria, Iraque e o Irã, além dos grupos curdos ao norte do Oriente, ficaram ocupados para a guerra contra o Estado Islâmico, que tem sido a principal prioridade para muitos.
Com a preocupação com o EI, os EUA, Israel e Arábia tem ficado em segundo plano de seus inimigos.
Apesar dessa vantagem, já se observa que o EI ganha força a cada dia e ataques ousados ocorreram na França, na Austrália, na África e no próprio Oriente Médio. A preocupação do Ocidente agora é que se algum grupo se sobressair sobre os outros na guerra do Oriente Médio, este grupo sairá fortalecido e o principal alvo, sem dúvidas, será o Ocidente, que sofrerão com atentados cada vez mais mortais e assustadores.
Não podemos nos esquecer da guerra entre Hamas e Israel, ocorrido no meio do ano passado, uma questão não resolvida e sem solução que durará muito tempo.
ÁSIA:
A China também foi acusada de expansionista, com brigas por territórios no Mar da China com os seus vizinhos, que são aliados dos EUA.
Além das brigas por territórios no Mar da China, o país também tem tensões com seus territórios autônomos como Hong Kong e Taiwan. China acusa "influências externas" de influenciarem os separatistas.
Não esqueceremos também das tensões a Oeste do continente e leste europeu, como as tensões na Geórgia, entre Armênia e Azerbaijão e a região separatista da Moldávia, tudo herança não resolvida da última guerra fria.
Em todas as partes do mundo, existem um ponto de tensão. Até mesmo na América do Sul, mais precisamente na Venezuela, onde o governo acusa os americanos de sabotarem economicamente o seu país.
Seriam todos estes eventos interligados? Poderiam todos estes conflitos serem consequências de uma Terceira Guerra Mundial que, para alguns, já vivemos ou não acabaram com a última guerra fria de 91? Como sempre tenho dito, cabem aos nobres leitores tirarem as suas próprias conclusões, estes editoriais (outros virão) servem apenas para "provocar" estas conclusões. Uma boa semana a todos!