Pelo menos 39 civis morreram em mais de 24 horas de bombardeios aéreos, liderados pela Arábia Saudita, contra os rebeldes xiitas no Iêmen, informou o ministério iemenita do Interior.
Doze vítimas faleceram em um ataque aéreo contra uma base militar ao norte de Sanaa, que atingiu áreas residenciais próximas, segundo fontes do ministério, que está sob controle dos rebeldes xiitas huthis.
O ataque, durante a noite, tinha como alvo a base militar de Al-Samaa, utilizada por unidades do exército que estariam sob as ordens do ex-comandante das Forças Armadas Ahmed Ali Saleh, suspeito de uma aliança com os rebeldes xiitas.
Ahmed Ali Saleh é filho do ex-presidente Ali Abdallah Saleh, forçado a deixar o poder em 2012, após 33 anos de governo, e acusado agora de uma união com os rebeldes.
Na manhã desta sexta-feira, três ataques aéreos tentaram atingir o complexo do palácio presidencial em Sanaa, que os rebeldes tomaram no mês passado, de acordo com testemunhas.
Ao leste da capital, na província de Marib, o acampamento de uma brigada do exército leal ao ex-presidente Saleh também foi bombardeada.
Um oficial do exército informou à AFP que a coalizão liderada pelos sauditas atacou um depósito de armas em um acampamento utilizado por tropas leais ao ex-presidente Saleh, na periferia sul de Sanaa.
O ataque provocou dezenas de vítimas, segundo a fonte, mas a informação não foi confirmada por uma fonte independente.
A operação militar "Tempestade decisiva" começou na madrugada de quarta-feira para quinta-feira, com ataques aéreos sauditas contra diversas posições dos huthis.
Com a intervenção, a Arábia Saudita, à frente de uma coalizão de 10 países que conta com o apoio logístico e de inteligência dos Estados Unidos, deseja ajudar o presidente iemenita reconhecido pela comunidade internacional, Abd Rabbo Mansur Hadi.
O presidente, que em um primeiro momento abandonou a capital Sanaa para refugiar-se no sul do país, chegou na quinta-feira em Riad.