segunda-feira, 30 de julho de 2012

Guerra síria, de mentiras e hipocrisia


Excelente texto publicado no OperaMundi

Já houve uma guerra no Oriente Médio com tanta hipocrisia? Uma guerra com tanta covardia e imoralidade, falsa retórica e humilhação pública? Não estou falando sobre as vítimas físicas da tragédia síria. Estou me referindo às mentiras e enganações de nossos mestres e de nossa opinião pública — oriental e ocidental — em resposta à matança, à pantomima perversa que mais lembra uma sátira de Swift do que Tolstoy ou Shakespeare.

Enquanto o Qatar e a Arábia Saudita armam e financiam os rebeldes da Síria para derrubar a ditadura alawita/xiita-Baathista de Bashar al-Assad, Washington não profere uma palavra de crítica contra eles. O presidente Barack Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton, dizem que querem democracia na Síria. Mas o Qatar é uma autocracia e a Arábia Saudita está entre as mais perniciosas ditaduras-reinos-califados do mundo árabe. Os governantes dos dois estados herdam o poder de suas famílias — assim como Bashar — e a Arábia Saudita é aliada dos rebeldes salafistas-wahabistas da Síria, assim como foi um dos mais fervorosos apoiadores do medieval Talibã durante a idade da escuridão afegã.

De fato, 15 dos 19 sequestradores-assassinos em massa de 11 de setembro de 2001 vieram da Arábia Saudita, depois do que, naturalmente, bombardeamos o Afeganistão. Os sauditas estão reprimindo sua própria minoria xiita da mesma forma como pretendem destruir a minoria alawita-xiita da Síria. E acreditamos que a Arábia Saudita quer instalar uma democracia na Síria?

Temos então o partido-milícia xiita Hezbollah no Líbano, mão direita do Irã xiita e apoiador do regime de Bashar al-Assad. Por 30 anos, o Hezbollah defendeu os xiitas oprimidos do sul do Líbano contra a agressão israelense. Eles se apresentam como defensores dos direitos dos palestinos da Cisjordânia e de Gaza. Mas, diante do lento colapso de seu aliado implacável na Síria, perderam a língua. Não disseram uma palavra — nem mesmo Sayed Hassan Nasrallah — sobre os estupros e o assassinato em massa de civis sírios por soldados de Bashar e pela milícia Shabiha.

E temos também os heróis dos Estados Unidos — La Clinton, o secretário de Defesa Leon Panetta e Obama. Clinton divulgou uma “advertência” para Assad. Panetta — o mesmo homem que repetiu para os últimos soldados dos Estados Unidos no Iraque a velha mentira sobre a conexão de Saddam com o 11 de setembro — anunciou que as coisas “estão saindo do controle” na Síria. Mas isso está acontecendo há seis meses. Descobriu isso agora? E Obama nos disse na semana passada que “dado o estoque de armas químicas do regime, continuaremos a deixar claro para Assad… que o mundo está de olho”. Mas, não foi aquele jornal do Condado de Cork, chamado Skibbereen Eagle, que temendo a cobiça da Rússia em relação à China declarou “que estava de olho… no czar da Rússia?”. Agora foi a vez de Obama enfatizar o pouco que pode influir nos grandes conflitos do mundo. Bashar deve estar tremendo de medo.

Será que o governo dos Estados Unidos realmente gostaria de ver os atrozes arquivos da tortura de Bashar abertos para nós? É que, apenas alguns anos atrás, o governo Bush mandava muçulmanos para Damasco para que os torturadores de Bashar arrancassem suas unhas em troca de informação, presos a pedido do governo dos Estados Unidos no mesmo buraco infernal que os rebeldes sírios implodiram na semana passada. As embaixadas ocidentais diligentemente ofereciam aos torturadores as perguntas que deviam ser feitas às vítimas. Bashar, vejam bem, era nosso bebê.

Ah, existe aquele país da vizinhança que nos deve muita gratidão: o Iraque. Na semana passada, sofreu em um dia 29 ataques a bomba em 19 cidades, com a morte de 111 civis e ferimentos em outros 235. No mesmo dia, o banho de sangue da Síria consumiu um número parecido de inocentes. Mas o Iraque estava no pé da página, enterrado abaixo da dobra, como dizem os jornalistas; porque, naturalmente, nós demos liberdade ao Iraque, uma democracia jeffersoniana, etc, etc, não é verdade? Então essa matança a leste da Síria não tem a mesma importância, certo? Nada que fizemos em 2003 levou ao que o Iraque sofre hoje, certo?

Por falar em jornalismo, quem na BBC World News decidiu que os preparativos para as Olimpíadas deveriam preceder no noticiário os ultrajes da Síria na semana passada? Os jornais britânicos e a BBC no Reino Unido naturalmente deveriam destacar as Olimpíadas, como notícia local. Mas, em uma decisão lamentável, a BBC — transmitindo para o mundo — também decidiu que a passagem da tocha olímpica era mais importante que crianças sírias morrendo, ainda que os despachos viessem do corajoso repórter da emissora, diretamente de Aleppo.

E, naturalmente, há nós, os queridos liberais que rapidamente enchem as ruas de Londres para protestar contra a matança israelense de palestinos. Justo, com certeza. Quando nossos líderes políticos se contentam em condenar os arábes por sua selvageria mas se mostram muito tímidos para dizer uma palavra de tênue crítica quando o exército israelense comete crimes contra a humanidade — ou assiste a aliados fazendo isso no Líbano –, gente comum deve relembrar ao mundo que não somos tão tímidos quanto nossos líderes. Mas quando a matança na Síria atinge de 15 mil a 19 mil pessoas — talvez 14 vezes mais que as mortes causadas pela investida selvagem de Israel em Gaza, em 2008-2009 — praticamente nenhum manifestante, a não ser pelos exilados sírios, foi para as ruas condenar estes crimes contra a humanidade. Os crimes de Israel não atingem esta escala desde 1948. Certo ou errado, a mensagem é simples: demandamos justiça e direito à vida para árabes se eles forem massacrados pelo Ocidente ou seus aliados israelenses;  mas não quando eles são massacrados por outros árabes.

E enquanto isso, nos esquecemos da “grande” verdade. Que esta é uma tentativa de esmagar a ditadura síria não por causa de nosso amor pelos sírios ou nosso ódio pelo nosso ex-amigo Bashar al-Assad, ou por causa de nosso ódio pela Rússia, cujo lugar está garantido no panteão dos hipócritas quando vemos a reação do país às pequenas Stalingrados que se espalham na Síria. Não, esta guerra é sobre o Irã e nosso desejo de esmagar a República Islâmica e seus planos nucleares infernais — se eles existirem — e não tem nada a ver com direitos humanos ou com o direito à vida ou à morte dos bebês sírios. Quelle horreur!

Fonte: OperaMundi

Outras Notícias:

Os rebeldes se apoderaram nesta segunda-feira (30/7) de um posto estratégico que lhes permite enviar reforços e munições aos seus companheiros de armas em Aleppo, campo de batalha entre insurgentes e regime, que sofreu um novo revés com a deserção de mais um diplomata em Londres.
Esta passagem para Turquia é vital para os rebeldes que instalaram seu quartel general neste país. E caso os opositores consigam o controle total de Aleppo (355 km ao norte de Damasco), vão criar uma "zona de segurança" no norte da Síria, daí a importância desta batalha. O Exército não avançou nem um metro.

Os militares sírios intensificaram sua campanha para expulsar os rebeldes da cidade de Aleppo, onde os combatentes dizem resistir firmemente, prometendo transformar a maior cidade do país na "tumba do regime".

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o premiê da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, estão trabalhando para acelerar "a transição política" e a saída de Bashar al Assad na Síria, afirmou a Casa Branca nesta segunda-feira (30).
Os dois líderes tiveram uma conversa telefônica nesta segunda e manifestaram sua "preocupação crescente" no que diz respeito aos "ataques impiedosos do regime sírio contra seu próprio povo, o mais recente em Aleppo", disse o governo americano em comunicado.


sábado, 28 de julho de 2012

Tensão na Guiana: Governo ordena uso da força para reabrir acesso ao Brasil

Manifestações chegam na Guiana, Brasil deve ficar em alerta?

Guiana ordena uso da força para reabrir acesso ao Brasil


O governo da Guiana deu ordem para que a polícia e o exército nacional usem força para reabrir a única ponte que liga a cidade mineradora de Linden ao Brasil. A via está bloqueada há duas semanas por manifestantes. As informações são da Associated Press.

O presidente da Guiana, Donald Ramotar, deu ordem para abrir caminho pouco antes de visitar Linden, onde a polícia matou a tiros três protestantes e feriu outros 20 em 18 de julho.

Os moradores da área protestam contra as mortes e um aumento na taxa mensal cobrada por eletricidade, que passou de de US$ 25 (R$ 50) para cerca de US$ 100 (R$ 200).

Os manifestntes disseram que não removerão os obstáculos, incluindo enormes troncos e caminhões, até que o ministro de Segurança Nacional, Clemnt Rohee, renuncie e as autoridades policiais respondam pelos assassinatos. A ponte no rio Demerara River é o principal acesso às minas de ouro e diamante do País vizinho.

Fonte: Terra / Grande ABC

Vale lembrar que a região tem o conflito diplomático entre Guiana e Venezuela, exposto no ano passado, por regiões marítimas ricas em petróleo e a OTAN estaria de olho nesta região...

A OTAN na “Ilha da Guiana”?

O embaixador da Venezuela na Organização dos Estados Americanos (OEA), Roy Chaderton, surpreendeu ao afirmar que os opositores do presidente Hugo Chávez gostariam de ver a disputa territorial do país com a Guiana escalar para um confronto militar, para provocar uma intervenção externa dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

O diplomata afirmou que Chávez deve tomar cuidado para não se deixar envolver por «provocações imperialistas», pois seus opositores sonham com uma guerra e, em tal ambiente, a Guiana poderia ser levada a pedir uma intervenção da OTAN ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.


Alerta, Brasil!
Embora seja improvável que Hugo Chávez ou algum sucessor se decida por solucionar o contencioso com a Guiana com o uso da força, a sua simples existência deve ser motivo de atenção, especialmente, do Brasil. Em um quadro global marcado pelo empenho das potências hegemônicas do Hemisfério Norte em dominar regiões ricas em recursos naturais, se preciso, manu militari, como se viu na Líbia, o cenário de uma eventual intervenção da OTAN no Caribe ou na “Ilha da Guiana” não pode ser tomado propriamente como delirante, mas algo a ser considerado em planos de contingência.

Interesse oligárquico antigo

A denominação “Ilha da Guiana” foi dada por estrategistas coloniais britânicos e holandeses à região delimitada pelos rios Orenoco, Cassiquiare, Negro e Amazonas, e até hoje a região é alvo de um elevado interesse pelo movimento ambientalista-indigenista internacional, que atua como instrumento neocolonial a serviço daquelas potências. O estado de Roraima se situa no centro da “ilha”, pelo que a reserva indígena Raposa Serra do Sol, localizada na tríplice fronteira Brasil-Guiana-Venezuela, adquire uma importância estratégica singular.

Certamente, não foi coincidência o fato de que a região tenha sido citada pelo general (R1) Luiz Eduardo Rocha Paiva, ex-diretor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e ex-secretário-geral do Exército, em uma audiência promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, em Brasília, em 3 de outubro. A mensagem geral transmitida no evento foi a de que, embora não se identifique nenhuma ameaça concreta de curto prazo à integridade nacional, o Brasil precisa levar em conta as ameaças potenciais para traçar a sua estratégia de segurança nacional.

Em seu depoimento, Rocha Paiva alertou para o fato de que «as áreas de fricção» internacionais começam a se aproximar da costa ocidental da África e do Atlântico Sul. Segundo ele, é necessária uma estratégia para proteger os recursos naturais brasileiros e Roraima já pode ser considerado um alvo de ameaça, assim como a região da foz do Amazonas. Ele lembrou ainda a fronteira do Brasil com a Guiana Francesa e com o Suriname e a Guiana, ambos muito ligados a potências europeias que integram a OTAN.



Artigo UND: Perigo de alastramento do conflito sírio

Excelente artigo do Um Novo Despertar


UND: Nas últimas semanas começamos a ver um novo capítulo da atual crise na Síria, onde há quase 17 meses, estamos vendo um verdadeiro embate entre forças do governo contra rebeldes de oposição no país árabe.
Os  protestos populares na Síria começaram em março de 2011 em Deera, uma cidade no sul daquele país e  vêm  na esteira da chamada " Primavera Árabe" uma revolução popular que teve início na Tunísia, norte da África em dezembro de 2010, que logo se espalhou por alguns países do mundo árabe, como por exemplo, Argélia, Egito, Iêmen, Bahrein, Líbia e em escala mais duradoura como é o caso agora da própria Síria.

Continue lendo no blog Um Novo Despertar

Diário Sempre Guerra Síria 28/07/2012

Fontes indicam que uma grande batalha está prestes a acontecer em Aleppo, Síria

Helicópteros do regime atacam Aleppo antes de batalha crucial

Vários bairros da cidade de Aleppo, norte da Síria, foram intensamente metralhados por helicópteros das forças oficiais nesta sexta-feira, em uma antecipação de uma batalha crucial para o conflito entre as tropas governamentais e grupos rebeldes.


"Revolta das duas capitais (Damasco e Aleppo), a guerra de libertação continua": este é o lema das manifestações programadas para esta sexta-feira em todo o país, convocadas por opositores ao regime que seguem mobilizados apesar da violência que provocou mais de 19 mil mortes desde o início da crise, em março de 2011, segundo uma ONG síria.

Os helicópteros concentraram os ataques nos bairros de Salahedin, Azamiyeh, Bustan el-Kasr, Mashad e Sukari, segundo fontes da oposição. Além disso, também foram registrados combates entre rebeldes e soldados nos bairros de Khamiliyeh, Mahatat Bagdad e nas proximidades da praça Saadala al-Khabiri.

Em Salahedin, centenas de rebeldes se preparam para enfrentar uma iminente ofensiva final do Exército contra Aleppo, em uma operação que um jornal ligado ao regime de Bashar al-Assad, o Al Watan, definiu como "a mãe de todas as batalhas", por sua capacidade para determinar o destino do conflito sírio.

Barricadas com sacos de areia, um ônibus atravessado na rua e centros de cuidados médicos de urgência foram instalados em escolas e mesquitas. Vários helicópteros sobrevoavam as casas e metralhavam os imóveis, com moradores em fuga desesperada.

Na quinta-feira, a repressão e os combates deixaram 164 mortos, incluindo 84 civis, 43 soldados e 37 rebeldes. "As forças especiais avançaram na zona leste da cidade e outras tropas chegaram para uma ofensiva generalizada, sexta-feira ou sábado, em Aleppo", afirmou uma fonte dos serviços de segurança.

À espera do ataque, os rebeldes, armados com fuzis, metralhadoras, lança-foguetes e bombas de fabricação caseira, executavam incursões contra os postos policiais e dos serviços secretos.

A esperança reside na solidariedade de combatentes que chegariam para reforçar as defesas de Salahedin ou que retardariam o avanço do Exército com atos de sabotagem e armadilhas.

Ao mesmo tempo, entre 1,5 mil e 2 mil rebeldes chegaram à região para apoiar o movimento na cidade. Os insurgentes controlam os bairros periféricos ao sul e leste da cidade, assim como as estradas que levam ao aeroporto.

O porta-voz do Exército Sírio Livre (ESL, formado por desertores) em Aleppo, Abdel Khabar al-Okaidi, afirmou que 100 tanques do Exército e outros veículos militares chegaram à cidade.

"Se fracassa na missão de retomar o controle total de Aleppo, o regime está terminado e os adversários sabem", afirmou Rami Abdel Rahman, presidente da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Diante de uma base dos rebeldes em Aleppo foi observado um caminhão com caixas com a frase, em árabe, "máscaras de gás".

Na segunda-feira, Damasco admitiu pela primeira vez possuir armas químicas, mas afirmando que estas não seriam utilizadas contra a população civil. No entanto, o regime ameaçou utilizar as armas no caso de intervenção militar estrangeira. A Unesco solicitou aos beligerantes proteção para a herança cultural de Aleppo.



Ações internacionais devem ser tomadas para lidar com o cerco militar das forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, ao redor da cidade de Aleppo e a ameaça da Síria em usar armas químicas, disse o primeiro-ministro turco, Recep Erdogan, nesta sexta-feira.

"Há um aumento (da presença militar) em Aleppo e as recentes declarações, com respeito ao uso de armas de destruição em massa, são ações que não podemos permanecer como observadores ou espectadores", disse ele em entrevista conjunta com o premiê britânico, David Cameron, em Londres.

SEMPRE GUERRA: Relatórios árabes indicam que a Turquia, Arábia Saudita e Qatar possuem um centro de controle para auxiliar os rebeldes. A Turquia estaria furiosa pelo fato de Assad não confrontar com o PKK (Grupo considerado terrorista pela Turquia), permitindo que o grupo que luta pelos direitos territoriais do Curdistão conquistem o controle de cidades fronteiriças entre Síria e Turquia. O país membro da OTAN estaria disposta a invadir territórios sírios para combater o PKK, o fato foi anunciado publicamente. Há relatórios que apontam para uma aliança entre Assad e PKK. 

As tensões se elevaram na fronteira entre Jordânia e Síria, porém, a Jordânia não quer alardar publicamente apesar de ter colocado tanques e todo o exército em alerta para eventuais ataques.

Confiram os vídeos dos últimos acontecimentos na Síria:

Rebeldes comemoram vitória em batalha:


Rebeldes colocam fogo em tanque de guerra:

Tropas Pró-Assad ataca população que protestava contra Assad:


Rebeldes tentam confrontar com tanques do exército Pró-Assad:


Prédio em chamas após ataque de artilharia pesada de tropas Pró-Assad em Homs:

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Tensão no Oriente: Síria e Jordânia trocam tiros

Soldados da Síria e da Jordânia trocam tiros na fronteira, tensões aumentam

Dois soldados jordanianos feridos em confronto com as tropas sírias

Dois soldados jordanianos ficaram feridos durante confrontos com as forças sírias que perseguiam os refugiados que tentam atravessar ilegalmente para a Jordânia, fontes nas fronteiras disse a ANSA. Fontes de Ramtha disseram que as tropas sírias avançou para territórios da Jordânia perto da cidade de Thuneiba e ocupava uma torre de observação do Exército, alimentando a tensão que tem vindo a construir entre os dois países após a céu de violência que disparou na Síria nas últimas semanas. 

O ataque ocorreu poucos dias depois de dois morteiros cair em Ramtha, sem causar vítimas, mas aumentando o alarme de que a violência chegue a Jordânia. Porta-voz do governo, Sameeh Mayta, confirmou o ataque dizendo que uma criança ferida sírio foi deixado para trás quando refugiados correram para se proteger sob disparo sem parar de armas. O exército jordaniano acredita-se estar agindo com moderação e que o governo tem minimizado o significado do incidente, em que um refugiado sírio foi morto quando tentava atravessar. Jordânia e Síria partilham 84 km de linha de fronteira que abrange cidade rebelde de Deraa, onde o exército sírio está tentando extinguir os rebeldes que buscam derrubar o presidente Bashar al Assad.

Fonte: ANSAmed

Jordânia e Síria trocam tiros e tensões se elevam ao longo da fronteira:
Jordânia e forças sírias trocaram tiros ao longo da fronteira compartilhada na manhã de sexta-feira em que marcou a última escalada de tensões entre Amã e Damasco.

De acordo com uma fonte de segurança da Jordânia, "breves" confrontos eclodiram entre os dois exércitos na região de Tal Al Sihab depois que as forças sírias abriram fogo contra um grupo de cerca de 300 refugiados que tentam fugir para a Jordânia, por engano atacaram as forças da Jordânia no processo.

Forças militares jordanianas voltaram os tiros, disse a fonte, iniciando uma batalha feroz de 10 minutos de duração entre os dois lados.

A rede de notícias saudita Al Arabiya informou que dois soldados jordanianos foram feridos durante o confronto.

O governo jordaniano porta-voz Smaih Maaytah negou que qualquer conflito eclodiu entre os dois lados, sublinhando que as forças de regime sírio abriram fogo contra refugiados perto da fronteira com a Jordânia, ferindo vários, incluindo uma criança que morreu após a chegada em um hospital na cidade de fronteira com a Jordânia, Ramtha.

Incidente desta sexta-feira marca a primeira de uma grande escala de confrontos entre a Síria e a Jordânia, e vem uma semana depois de Amã anunciou um estado de alerta militar na região fronteiriça.

Damasco levou a cabo uma repressão militar de meses de duração na região de fronteira para impedir a fuga dos parentes dos soldados para a Jordânia.

Embora dezenas de sírios foram fatalmente feridos em suas tentativas de cruzar para a Jordânia, a campanha não conseguiu desacelerar um afluxo de refugiados que leva cerca de 1.000 pessoas por dia.

A questão dos refugiados tornou-se um ponto emergente de discórdia entre Amã e Damasco, com a Jordânia ter concedido refúgio para cerca de 150.000 sírios desde o início do conflito, inclusive desertores do Exército e ativistas da oposição.

Fonte: Trend

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