Ataques que deixaram 82 mortes, tem a marca do Boko Haram. Nigéria, Níger, Chade e Camarões prometem retaliar!
Duas explosões de bomba na cidade de Kaduna, no norte da Nigéria, mataram pelo menos 82 pessoas nesta quarta-feira, disseram autoridades, em ataques que têm a marca do violento grupo islamita Boko Haram.
Um homem-bomba que tinha como alvo um clérigo muçulmano matou 32 seguidores dele em uma movimentada área comercial no centro da cidade, disseram testemunhas. Pouco depois, um segundo atentado matou 50 pessoas no superlotado mercado Kawo, declarou à Reuters um funcionário da Cruz Vermelha que estava no local e não quis revelar seu nome.
No outro atentado, milhares de pessoas estavam reunidas à espera das orações com o xeque Dahiru Bauchi na praça Murtala Muhammed, em Kaduna. Quando o comboio dele surgiu, um homem-bomba tentou se jogar contra ele, mas foi detido por seus seguranças, disseram policiais e testemunhas.
Nenhum grupo assumiu de imediato a responsabilidade por esses ataques, mas o Boko Haram promoveu atentados, especialmente com explosivos, na mesma região nos últimos três meses. O grupo frequentemente ataca líderes muçulmanos ou imãs que criticam sua ideologia radical de linha salafista.
O Boko Haram vem lutando para estabelecer um Estado islâmico na Nigéria e tem atacado seguidamente civis, sobretudo no remoto Estado de Borno, no nordeste do país. Segundo a entidade Human Rights Watch, o Boko Haram matou mais de 2.000 civis no primeiro semestre.
GUERRA
Nigéria, Níger, Chade e Camarões se comprometeram nesta quarta-feira a mobilizar uma força conjunta para enfrentar a crescente ameaça regional representada por militantes islâmicos do grupo Boko Haram que operam principalmente em território nigeriano.
Cada nação deve mobilizar 700 homens para a força no mais recente esforço para melhorar a resposta regional contra os militantes, que intensificaram a insurgência no norte da Nigéria e realizaram alguns ataques em países vizinhos.
Os quatro países, cujas fronteiras se encontram no Lago Chade, uma área que é um reduto do Boko Haram, já compartilham inteligência e coordenam a segurança de fronteira na região, mas a mobilização de uma força regional nesta escala representa uma grande esforço.
O anúncio foi feito depois de uma reunião dos ministros da Defesa dos quatro países, mas não foram divulgados detalhes sobre o momento ou o local da mobilização das tropas.
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