A Coreia do Norte qualificou nesta quinta-feira de "declaração de guerra" as manobras conjuntas entre as forças armadas de Coreia do Sul e Estados Unidos, e advertiu para sua capacidade de lançar ataques de represália contra Seul e Washington. A norte-coreana Comissão para a Reunificação Pacífica da Coreia (CRPC) disse que um eventual choque militar acidental poderá desencadear um conflito "total" no qual (...) a Casa Branca e a sul-coreana Casa Azul estarão no raio de ação das armas de "ultra precisão" da Coreia do Norte. Imagem do filme "Invasão a Casa Branca"
As duas semanas de exercícios militares anuais "Ulchi Freedom", que começarão na próxima segunda-feira, terão a participação de dezenas de milhares de soldados.
Washington e Seul afirmam que as manobras são de natureza defensiva, mas Pyongyang as considera um teste de ataque a seu território com armas nucleares.
O ministério norte-coreano das Relações Exteriores advertiu que Pyongyang tomará "todas as medidas necessárias" diante das "provocações nucleares" dos Estados Unidos, que serão responsáveis por "todas as consequências".
A norte-coreana Comissão para a Reunificação Pacífica da Coreia (CRPC), que supervisiona as questões da fronteira, qualificou as manobras de "simulação de uma guerra nuclear surpresa" contra o Norte e uma "declaração de guerra".
Segundo a Comissão, um eventual choque militar acidental poderá desencadear um conflito "total" no qual (...) a Casa Branca e a sul-coreana Casa Azul estarão no raio de ação das armas de "ultra precisão" da Coreia do Norte.
A atual edição da "Ulchi Freedom" chega em um momento de recrudescimento da tensão entre Seul e Pyongyang, após a explosão de minas norte-coreanas que feriram dois militares sul-coreanos.
Segundo a Coreia do Sul, as investigações revelam que soldados norte-coreanos cruzaram a fronteira para colocar as minas no caminho das patrulhas sul-coreanas.
Seul concluiu que as minas foram colocadas por soldados do Norte que, sem serem vistos, teriam penetrado 440 metros em território sul-coreano entre os dias 26 de julho e 1º de agosto.
A Coreia do Norte por enquanto não se pronunciou em seus meios estatais para confirmar ou desmentir seu envolvimento.
Por sua parte, a Coreia do Sul emitiu uma ordem de alerta máximo na região e mantém preparada sua artilharia perante a possibilidade de novas agressões.
Além disso, retomou a chamada "guerra psicológica" ao reativar pela primeira vez em mais de uma década os alto-falantes na fronteira que enviam mensagens contra o regime dos Kim.
Norte e Sul permanecem tecnicamente confrontados desde a Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com um armistício, nunca substituído por um tratado de paz definitivo.
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