Guerra completa 2 anos e teremos novidades em breve...
Os combates iniciados no dia 08 de Agosto de 2008 com a invasão da Ossétia da Sul pela Geórgia e encerrados com a assinatura pela Rússia do acordo de cessar-fogo proposto pela França foram, na verdade, o ponto culminante de um processo de tensão local que existe desde o início da década de 90.
A Ossétia do Sul é um território de mais ou menos 4 mil quilômetros quadrados localizado a cerca de 100 quilômetros ao norte da capital da Geórgia, Tbilisi, na encosta sul das montanhas do Cáucaso.
O colapso da União Soviética alimentou o nascimento de um movimento separatista na Ossétia do Sul, que sempre apresentou vínculos étnicos e culturais mais estreitos com a Rússia do que com a Geórgia. A região livrou-se do controle georgiano durante uma guerra travada em 1991 e 1992 e na qual milhares de pessoas morreram.
A Ossétia do Sul mantém uma relação estreita com a vizinha russa Ossétia do Norte, que fica do lado norte do Cáucaso. A maior parte de seus quase 70 mil habitantes é etnicamente distinta dos georgianos e fala sua própria língua, parecida com o persa. Essas pessoas afirmam terem sido absorvidas à força pela Geórgia, durante o regime soviético, e agora desejam exercer seu direito à autodeterminação.
O poder de Moscou anda preocupado coma crescente influencia dos EUA na área. Outro aspecto essencial no conflito é a proximidade entre o governo da Geórgia e o governo norte-americano.
Pode estourar um novo conflito, desta vez com ofensiva georgiana!
Em agosto de 2008, foi a Geórgia quem realizou uma agressão e desencadeou uma guerra no Cáucaso. Falando em conversas particulares, muitos políticos reconhecem o fato, porém evitam fazer tais comentários em público, conforme declarou o presidente russo Dmitri Medvédev ao responder ao repórter da nossa emissora. Em agosto de 2008, a Rússia viu-se na necessidade de tomar umas providências para coagir o país agressor à paz. E prosseguiu:
Voltando aos acontecimentos de há dois anos, gostaria de dizer que julgo todas as decisões tomadas naquele período absolutamente justificadas e comprovadamente eficientes. O nosso país acudiu em auxílio aos povos da Abcázia e Ossétia do Sul e fê-lo em uma situação crítica, ao ter sido posta em ameaça a própria identidade e a existência de ambos, e assim defendeu esses povos.
Os acontecimentos ocorridos em 2008 no Sul do Cáucaso mostraram uma vez mais que a guerra não pode servir de instrumento de resolução de problemas internacionais. As ações bélicas realizadas pelo Governo Saakachvili contra os países vizinhos sepultaram definitivamente a possibilidade de convivência dos Georgianos, Abcazes e Ossérios Meridionais nos marcos de um Estado comum. A Abcázia e a Ossétia do Sul haviam se separado “de fato” do resto da Geórgia ainda em começos dos anos 90 do século passado e tinham várias vezes pedido à Rússia e a outros Estados que reconhecessem “de jure” esse fato consumado. Aqueles pedidos não podiam deixar de ser ouvidos logo depois do conflito militar entre Tbilissi e Tskhinval, o qual mostrou que fora o próprio Mikhail Saakachvili quem dividira a Geórgia. E não resta dúvida de que o processo de reconhecimento internacional da Abcázia e Ossétia do Sul vai continuar.
O Governo Saakachvili continua aspirando a uma desforra. Durante as consultas organizadas em Genebra para examinar a situação criada no Sul do Cáucaso, a Geórgia recusa-se a assinar o memorando de não-recurso à força e não-reatamento das hostilidades. Esse espírito é comprovado por uma intensa militarização do país, sendo militares georgianos submetidos ao “teste de resiliência” em vários “pontos quentes”, especialmente no Afeganistão. O efetivo das Forças Armadas vai aumentando e novos sistemas de armamento estão sendo ativamente adquiridos. Como há dois anos, ou seja, às vésperas da invasão da Ossétia do Sul, instrutores da OTAN estão treinando o Exército georgiano para umas eventuais operações de combate. Ao longo da fronteira com a Ossétia do Sul vai se reforçando a presença militar.
Há dois anos, a Rússia advertia os parceiros ocidentais dizendo que o armamento do regime Saakachvili era um caminho certo para uma aventura militar. Não foi ouvida. A Geórgia acabou desencadeando uma guerra. Será que a História não ensina nada a ninguém?
Fonte: Voz da Rússia
Fonte: Voz da Rússia
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