A CSTO (Organização do Tratado de Segurança Coletiva suspende o diálogo com a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Em nova demonstração de força, o Ministro da Defesa russo admite voos de bombardeios, capazes de transportar mísseis nucleares, até a costa do Golfo do México. CNN finalizará suas operações na Rússia em 2015. Novas negociações da Rússia com a Síria, China e Perú.
A Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO) decidiu suspender os esforços destinados a estabelecer um diálogo com a OTAN, o Secretário-Geral do CSTO, Bordyuzha, disse na última quinta-feira, durante uma sessão de assembleia parlamentar da organização.
Bordyuzha disse que a decisão foi tomada em vista do que ele descreveu como "construtiva e iniciativas, muitas vezes abertamente hostis por parte da UE e da OTAN em relação à Rússia e a CSTO."
Ele declarou que a CSTO iria seguir uma política de expansão da cooperação com a OSCE e também tomar medidas para reforçar a cooperação com a Organização de Cooperação de Xangai, China, Irã e os países da América Latina e do Caribe.
"Há todas as razões para apontar para a prevalência de tendências negativas na evolução da situação político-militar global", disse Bordyuzha. Ele acredita que não surgiu o risco de instabilidade mundial evoluindo para o confronto direto entre os pólos mundiais de poder.
Bordyuzha aplicado o termo "nós de instabilidade" para o Afeganistão, com o seu tráfico de drogas e sentimento extremista nos países vizinhos da Ásia Central, a recaída de tensões sobre Nagorno-Karabakh, a situação na Ucrânia e o recrudescimento do extremismo no Iraque, Síria e Afeganistão. Ele também mencionou "pressões sem precedentes de informação e sanções" e "guerras comerciais".
Bombardeiros de longo alcance da Rússia vão desde o Oceano Ártico para o Caribe e no Golfo do México, em missões de patrulha regulares, o ministro de Defesa disse nesta quarta-feira, um show de musculatura refletindo as tensões com o Ocidente sobre a Ucrânia.
A declaração do ministro da Defesa, Sergei Shoigu vem após a OTAN reportar um aumento de voos militares russos sobre os mares Negro, Báltico e do Norte, bem como o Oceano Atlântico. Ele reflete a postura cada vez mais difícil de Moscou em meio a tensões com o Ocidente sobre a Ucrânia.
Shoigu disse que os bombardeiros russos de longo alcance vão realizar vôos ao longo das fronteiras da Rússia e sobre o Oceano Ártico. Ele acrescentou que "na situação atual, temos de manter a presença militar no Atlântico ocidental e oriental do Pacífico, bem como no Caribe e no Golfo do México."
Ele disse que o aumento do ritmo e da duração dos voos exigiria esforços de manutenção mais fortes.
Bombardeiros estratégicos russos com capacidade nuclear estavam fazendo patrulhas regulares em todo o Atlântico e o Pacífico durante os tempos da Guerra Fria, mas a falta de dinheiro e a crise pós-soviética forçou os militares a cortar. Os vôos de bombardeiro de patrulha foram retomadas sob o governo de Putin e se tornaram cada vez mais freqüentes nos últimos anos.
O canal de notícias americano CNN encerrará as transmissões na Rússia a partir de 1º de janeiro de próximo ano. A decisão foi tomada após aprovação de lei que restringe a propriedade estrangeira dos meios de comunicação.
De acordo com a Gazeta Russa, na última terça-feira (11/11), a Time Warner, mantenedora do canal, notificou os distribuidores de TV a cabo russos, o VimpelCom e Akado, sobre o cancelamento das transmissões no país.
“Esperamos ser capazes de entrar novamente no mercado russo em um momento oportuno. Notificaremos os nossos parceiros sobre a retomada dos serviços”, diz um trecho do comunicado, acrescentando que as operações do escritório em Moscou não serão afetadas.
Validada pelo presidente Vladimir Putin no mês passado, a nova lei limita a participação estrangeira em empresas de comunicação russas a 20%. A norma entrará em vigor a partir do dia 1º de fevereiro de 2017.
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, disse que a Rússia irá fornecer proximamente a seu país sistemas de mísseis antiaéreos S-300.
"Vamos obtê-los (os sistemas), assim como outras armas de qualidade, dentro de um prazo razoável", especificou Muallem. Segundo ele, houve algum atraso nos embarques devido a uma série de formalidades burocráticas.
Como precisou Muallem, a solicitação para o fornecimento do S-300 tem na origem temores do governo sírio relacionados com os planos do presidente dos EUA, Barack Obama.
"Estamos cientes de que Obama, devido a razões internas, quer evitar a guerra contra a Síria e limitar-se a ataques aéreos sobre o grupo Estado Islâmico (EI). Nós não sabemos como Obama irá portar-se sob a crescente pressão, por isso devemos preparar-nos", referiu o ministro sírio, acrescentando: "Pedimos a eles (Rússia) ... que nos forneçam armas de qualidade".
Moscou declarou anteriormente que o contrato para o fornecimento do S-300 a Damasco havia sido suspenso.
É de lembrar que Washington apoia na Síria a chamada oposição armada "moderada", que luta tanto contra o governo como contra os radicais do EI. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que não iria enviar tropas terrestres para combater os extremistas.
O caça chinês da quinta geração J-31, destinado para a exportação, será munido de motor russo RD-93, informou o chefe do Departamento da Força Aérea da agência Rosoboronexport Serguei Kornev, que chefia a delegação desta agência na exposição aerocósmica em Zhuhai, China.
O caça J-31, munido do motor russo RD-93, faz parte do programa de exportação e é capaz de concorrer com o avião americano da quinta geração F-35 nos mercados regionais, disse Kornev.
Lembrando que a China desenvolve dois caças da quinta geração, o J-20 e o J-31, o que comprova o elevado potencial da ciência e da arte de projeção de aviões na China.
Nos próximos anos, a Frota russa do mar Negro vai receber seis novos navios-patrulha e seis submarinos diesel-elétricos, anunciou nesta sexta-feira o comandante da Marinha da Rússia, Viktor Chirkov, comentando o lançamento do navio-patrulha Admiral Essen (Almirante Essen) à água no estaleiro Yantar, em Kaliningrado.
Segundo Chirkov, "é necessário elevar, num curto prazo, o potencial da Frota do mar Negro para um nível de autossuficiência equilibrada, o que permitirá que a frota garanta, com sucesso e efetivamente, a segurança na sua área de responsabilidade".
Chirkov ressaltou que "desde há pouco, a Frota do mar Negro começou a cumprir missões também no Mediterrâneo".
Peru terá a entrega do primeiro lote dos helicópteros de transporte militar Mi-171Sh russos antes do final deste ano. O anúncio foi feito pelo CEO de helicópteros russos, Alexander Mikheev.
"Como parte do contrato com a Rosoboronexport, vamos entregar os helicópteros de transporte militar Mi-171Sh para o Peru. O primeiro lote de quatro helicópteros serão fornecidos ao cliente peruano antes do final deste ano", afirmou o Sr. Mikheev.
É necessário mencionar que o governo peruano e Rosoboronexport assinaram um acordo sobre o fornecimento de helicópteros para o Peru, em dezembro de 2013.
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