Em uma reportagem especial do equipe do Terra, especialistas demonstram preocupação com o hipotético ataque de Israel ao Irã. É a primeira vez que uma mídia convencional fala de uma guerra real contra o Irã:
No final da semana passada, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã anunciou que irá retaliar em caso de agressão às suas instalações nucleares por Israel e que a resposta será um ataque às instalações israelenses. Analistas ouvidos pelo Terra têm visões diferentes sobre a iminência de um conflito entre as duas nações. Uma guerra que, segundo eles, levaria o Ocidente a uma crise e poderia provocar uma onda de ataques terroristas pelo mundo.
Para o fundador e membro do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, Geraldo Lesbat Cavagnari Filho, ameaça de confronto militar entre Irã e Israel é, do ponto de vista militar, uma questão muito mais importante para a região do que a paz entre israelenses e palestinos. Segundo ele, "a questão nuclear altera o equilíbrio nuclear do Oriente Médio, que hoje em dia abriga apenas Israel como potência nuclear".
Apesar de salientar que é muito difícil prever a proximidade de eventuais conflitos e de que não há indicativos de que ele esteja mais próximo do que em outros momentos, o professor afirma que o Irã deseja construir um arsenal nuclear. "O Irã com capacidade nuclear será um tormento para Israel, porque ele tem como objetivo a destruição de Israel", diz. Ele acredita que uma vez dominando o ciclo nuclear completo, O Irã "vai lutar para se tornar uma potência no Oriente Médio. E a existência de Israel é um complicador para que isso aconteça".
Para Cavagnari Filho, é muito difícil que Israel deflagre o conflito. Mas ele lembra que os últimos enfrentamentos no Oriente Médio envolvendo o país "pegaram a opinião pública internacional de surpresa". Segundo o analista, Israel possui um sistema de inteligência extremamente efetivo que lhe permite antecipar planos de ataques de seus inimigos. "Por enquanto, eu acredito que os serviços de inteligência israelense e americano ainda não conseguiram detectar o desenvolvimento tecnológico de um arsenal nuclear por parte do Irã. Se em um momento eles detectarem, certamente lançarão uma ofensiva militar".
Ele ainda afirma que "uma vez que a situação se tornar perigosa para a existência de Israel, imediatamente os EUA intervirão no conflito". Para o professor, este eventual ataque, considerando a supremacia militar do Estado israelense, levaria o Irã praticamente à destruição.
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Cenário negro
Em carta enviada para a revista americana Foreign Polícy, o coronel americano aposentado Peter Mansoor, ex-comandante de brigada no Iraque e conselheiro do ex-comandante geral dos EUA no país, general David Petraeus, defendeu a tese de que Israel não aceitará que o Irã possua armas nucleares. "Apesar de acadêmicos americanos dizerem que podemos conviver com a bomba iraniana, Israel não vai permitir - pelo menos não enquanto alguém que nega o Holocausto, que já fez ameaças veladas ao Estado judeu, permanecer no poder", disse, fazendo referência ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
Em carta enviada para a revista americana Foreign Polícy, o coronel americano aposentado Peter Mansoor, ex-comandante de brigada no Iraque e conselheiro do ex-comandante geral dos EUA no país, general David Petraeus, defendeu a tese de que Israel não aceitará que o Irã possua armas nucleares. "Apesar de acadêmicos americanos dizerem que podemos conviver com a bomba iraniana, Israel não vai permitir - pelo menos não enquanto alguém que nega o Holocausto, que já fez ameaças veladas ao Estado judeu, permanecer no poder", disse, fazendo referência ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
Por outro lado, o professor Paulo Edgard Resende, Coordenador do Núcleo de Análise de Conjuntura Internacional PUC-SP, acredita que o governo Obama fará de tudo para evitar o confronto. "Para ele (Obama), certamente não é bom negócio. Seja o agenciamento de uma guerra preventiva, seja o confronto aberto de um de seus aliados no preciso instante em que é anunciado o término da guerra no Iraque, iniciada há sete anos". Ele também pondera que pesa contra o fato de os EUA ainda estarem sob o "pesadelo do Afeganistão".
Resende ainda afirma que o Irã possuir armas nucleares não resultaria, necessariamente, em um conflito armado. Ele lembra que, em outros casos, arsenais de destruição em massa funcionaram como elementos de dissuasão do conflito. "As armas nucleares operaram em sentido contrário nas relações entre Estados Unidos e União Soviética. Também no caso Índia-Paquistão", disse. Contudo, ele acrescenta que existe uma ameaça de confronto mesmo que o Irã não desenvolva a tecnologia. "O governo de Israel, unilateralmente com suas escondidas ogivas, poderá sempre colocar em perigo a paz regional e mundial".
Mas, caso a guerra aconteça no Oriente Médio, Resende afirma que ela provocaria uma sensação de medo em todo o planeta. "Pânico geral, condições excepcionais para o terrorismo expandir alvos, e os nossos templos se encheriam de fiéis, diante do apocalipse", afirma.
Por sua vez, Mansoor, que atualmente dá aulas de história na universidade Ohio State, alerta que a situação deflagraria uma resposta imediata de grupos militantes islâmicos. "Israel, sem dúvidas, terá que invadir o sul do Líbano novamente para suprimir a inevitável chuva de mísseis que virá do Hezbollah. O Ocidente terá que entrar em alerta máximo contra ataques terroristas". Ele ainda afirma que a guerra levaria a uma nova crise do petróleo que "mergulharia o Ocidente em uma dupla recessão/depressão".
Em relação à possibilidade de um conflito aberto envolvendo várias nações do Oriente Médio, Cavagnari Filho não acredita em um envolvimento efetivo de outros estados islâmicos no conflito. Ele salienta que alguns países árabes como a Jordânia - politicamente estável -, ainda que jamais venham a formar alianças com Israel, compartilham laços com o Estado judeu e não têm interesse em se lançar em um confronto direto.
O professor identifica apenas a Síria como um potencial inimigo israelense. "A Síria é um Estado raivoso. Ela quer a destruição do Israel efetivamente". Segundo ele, os dois países têm animosidades oriundas da disputa pelas Colinas de Golã, que faziam parte do território sírio e passaram para o controle de Israel após a Guerra dos Seis Dias (1967). "Eles perderam algo valioso para pressionar Israel (as Colinas de Golã)", acrescenta. Cavagnari explica que a geografia elevada das Colinas de Golã permitia à Síria bombardear os kibuts (assentamentos israelenses) e que isso era um instrumento de pressão constante utilizado pelos sírios.
Link da Reportagem do Terra: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4659572-EI308,00-Analistas+Israel+nao+permitira+que+Ira+tenha+arsenal+nuclear.html
Muito me espanta o Terra noticiar sobre isto. Será que a mídia recebeu ordens para divulgar este conflito?
ResponderExcluir!!Pero si ya las tienen !! desde hace mucho ...
ResponderExcluirOrdens sempre são dadas, anonimo I.
ResponderExcluirEs la suposición de que Irán quiere armas nucleares. Para ello, en realidad necesita tiempo.
Pero esta guerra es una farsa, que todos conocemos. Ahora podemos Jugar, pero los verdaderos enemigos son los que quieren la guerra, anónimoII
Atualmente os jatos israelenses mais cogitados numa missão de ataque sobre as instalações nucleares iranianas são algumas unidades F-15/I (versão israelense dos caças Strike Eagle F-15/E utilizados pela USAF). Os referidos caças-bombardeiros são de grande alcance, dotados de avançados sistemas e modernos recursos de instrumentos e aviônicos para navegação, aquisição e engajamentos de alvos e armamentos múltiplos representados por eficazes misseis para combate ar-ar, precisas bombas e misseis guiados para ataque ao solo (inclusive com recurso que possibilitam ataque durante à noite). Entretanto, tais aeronaves táticas não dispões de recursos de furtividade aos radares (como dispões as atuais plataformas de ataque norte americanas: Spirit B-2, F-22 Raptor etc.) O que torna tais jatos israelenses muito vulneráveis as defesas iranianas localizadas no solo. A Russia detentora da tecnologia de sistemas de misseis anti-aéreos mais letais da atualidade (sistema S-300 e modernas derivações de misseis SAM), vem fornecendo ao Iran suas últimas linhas de montagem desses sistemas defensivos. As referidas baterias anti-aéreas de origem russa fornecidos ao Irã podem infringir dezenas de perdas de aeronaves táticas israelenses ao mesmo tempo, a ponto de comprometer o sucesso da missão. Além das aludidas dificuldades, Israel teria que negociar e obter a permissão da Arábia Saudita (caso contrário teria que enfrentar modernos caças Mirage 2000-9 e Desert Falcon Block 60 sauditas) numa eventual necessidade de passar pelo espaço aéreo saudita a caminho de seus alvos no Iran (passando ainda sobre o território Iraquiano). Devido a todos esses obstáculos e dificuldades, acredito que dificilmente Israel atacaria sozinho o Iran. Necessita da anuência dos USA e de alguns países europeus para apoio nessa arriscada empreitada.
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