Nova Guerra Fria

domingo, 15 de agosto de 2010

Coréia do Sul quer "unificar" Coréias

"Desde os anos 50, a Coréia do Sul tem evoluido rapidamente, sendo considerada pela ONU como um país desenvolvido atualmente. Sem espaços e mão de obra para crescer e expandir horizontes, o país sul-coreano planeja a "unificação" das Coréias... Claro que a Coréia do Norte não permitirá  e entregará tudo sem uma ação militar..." 


A Coreia do Sul exigiu do Norte neste domingo o fim das provocações, depois que Pyongyang ameaçou Seul com "o mais severo dos castigos" pelos exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos que devem começar na segunda-feira. Os dois rivais trocaram advertências depois de Seul ter revelado um mapa do caminho para uma eventual reunificação da península e um dia antes do início das maniobras de grande escala, que reunirão durante 10 dias um total de 56 mil soldados sul-coreanos e 30 mil militares americanos.

 Presidente Sul-Coreano Lee Myung-Bak

"É hora de Pyongyang enfrentar a realidade, fazer uma mudança corajosa e tomar uma decisão drástica", afirmou neste domingo o presidente sul-coreano Lee Myung-Bak. "As duas Coreias devem superar o atual estado de divisão e avançar rumo ao objetivo de uma reunificação pacífica", completou em um discurso de celebração aos 65 anos de libertação da península do regime colonial japonês.

Lee advertiu que Seul não vai tolerar provocações militares do vizinho. No entanto, Pyongyang advertiu que o exército e o povo do Norte infligiriam o "mais severo castigo" a Seul pelas manobras militares conjuntas, "como já decidiu e anunciou no país e no exterior", destacou um comandante do exército norte-coreano, citado pela imprensa oficial.

"O contragolpe militar será o mais severo castigo infligido a alguém até hoje no mundo", completou a mesma fonte. As relações entre os dois países são tensas desde o afundamento em março de um navio de guerra sul-coreano, que deixou 46 mortos. Seul e Washington responsabilizaram Pyongyang pelo ataque, após uma investigação internacional. Mas o Norte nega qualquer envolvimento no naufrágio.

Os exercícios que começam na segunda-feira integram uma série planejada por Seul após o afundamento do "Cheonan". O general Walter Sharp, que comanda os soldados americanos na Coreia do Sul, descreveu as manobras como "um dos maiores exercícios militares conjuntos do mundo". A Coreia do Norte qualificou as manobras de "ações práticas destinadas a uma invasão militar".

Em julho, a Coreia do Sul e os Estados Unidos executaram exercícios aéreos e e no mar do Japão. Há uma semana, Seul testou manobras de defesa antisubmarina no Mar Amarelo e Pyongyang respondeu com disparos de artilharia. O presidente sul-coreano revelou neste domingo um mapa do caminho de vários passos para uma reunificação, começando pela criação de uma "comunidade de paz", depois que a península estiver livre das armas nucleares.


O segundo passo seria desenvolver a economia do Norte consideravelmente e formar uma comunidade econômica, com o objetivo de alcançar uma integração econômica. "Eventualmente as duas Coreias poderão acabar com a muralha de sistemas diferentes e estabelecer uma comunidade que garantirá dignidade, liberdade e direitos básicos a todos os indivíduos", completou Lee.

"Por meio deste processo poderemos fazer a reunificação pacífica da Coreia", concluiu. Para financiar a cara reunificação, Lee propôs a criação de um imposto especial, já que um estudo encomendado pelo Parlamento sul-coreano calculou os custos em até US$ 1,3 bilhão.

CORÉIA DO NORTE POSICIONA MÍSSEIS ANTIAÉREOS NA FRONTEIRA:
Tradução e Adaptação: Comandante Melk - Plano Brasil


 Mísseis antiáereos de longo alcance(Com um raio de ação de 250 km) foram posicionados pela Coreia do Norte, perto da zona desmilitarizada (DMZ) e ao redor da área onde a Corveta Cheonan da Marinha da Coreia do Sul, afundou em março, tornando essa região mais perigosa para jatos da Coréia do Sul voando em missões de patrulha de rotina ou realizando voos de emergência. Uma fonte militar sul-coreana disse que o norte movimentou alguns mísseis SA-5 da Província de Hwanghae para áreas próximas à DMZ tornando as atividade dos nossos jatos de combate mais restritas. Por exemplo, nossos aviões de combate procuram evitar a detecção pelo radar do SA-5, com medo de um ataque se forem rastreados.

O SA-5 tem um alcance maior do que os mísseis antiaéreos deslocados anteriormente. Eles podem abater aviões de combate sul-coreanos sobrevoando algumas áreas das províncias de Gyeonggi e Chungcheong e na área de linha de frente e da área metropolitana de Seul. O movimento parece destinado a previnir que aviões de combate sul-coreanos lancem ataques de precisão em alvos estratégicos no norte em uma emergência.

Os jatos da Coreia do Sul terão que voar a uma altitude menor do que 3.000 metros para evitar a detecção pelo radar do SA-5. O Norte comprou, de acordo com relatos, cerca de 350 mísseis SA-5 e 20 plataformas de lançamentos na antiga União Soviética no final dos anos 80 e os colocou em Pyongyang, Wonsan e algumas cidades da província de Hwanghae. Os soviéticos os desenvolveram para derrubar os bombardeiros estratégicos dos EUA .Eles podem atacar os aviões inimigos a uma velocidade de Mach 4, mas não são muito precisos. O Norte também deslocou mísseis de médio e curto alcance, como o SA-2 com um raio 
de 45 km, e o SA-3 (35 km) e mísseis antiaéreos de curto alcance portátil SA-7 e SA-16.

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