A Ucrânia acusou nesta segunda-feira (10) separatistas pró-Rússia de realizarem o ataque mais intenso em posições do governo em seis meses e alertou para sinais de que o conflito está aumentado, apesar do acordo de cessar-fogo.
O Exército informou que 400 rebeldes apoiados por tanques atacaram forças do governo próximo ao vilarejo de Starohnativka, a 50 quilômetros de Mariupol, cidade portuária mantida por Kiev. Os rebeldes negaram o ataque a forças do governo.
O controle de Mariupol poderia ajudar os rebeldes a formarem um corredor para a península da Crimeia, que a Rússia anexou da Ucrânia no ano passado.
Um acordo de cessar-fogo, assinado em meados de fevereiro, fracassou em diminuir a violência na zona de confronto. Ambos lados acusam regularmente o outro de violar os termos do acordo de paz e mortes são relatadas quase diariamente.
"Este ataque descarado ocorreu em um contexto de uma situação crescente no leste de Ucrânia", disse o porta-voz do Exército Andriy Lysenko, descrevendo os ataques rebeldes nas últimas 24 horas como os mais intensos desde a batalha pela cidade de Debaltseve, em fevereiro.
Mais de 6.500 soldados, separatistas e civis foram mortos desde que o confronto entre tropas ucranianas e rebeldes que buscam a independência de Kiev começaram em abril de 2014, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas.
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