Nova Guerra Fria

quarta-feira, 8 de julho de 2015

1 ANO APÓS GUERRA, DIVERGÊNCIA ENTRE ISRAEL E GAZA CONTINUA SEM SOLUÇÃO

Continuam sem solução na ONU as causas e consequências do conflito que matou oficialmente 2.262 palestinos e 73 israelenses. Existe o temor de uma nova guerra

As causas e as consequências do conflito de 2014 entre Israel e milícias palestinas da Faixa de Gaza continuam sem solução, denunciou nesta quarta-feira (8) a agência da Organização das Nações Unidas (ONU ) para os refugiados palestinos (UNRWA).

"Um ano depois do devastador conflito que causou a morte de cerca de 1,5 mil civis, incluindo 551 crianças, as causas do conflito continuam por resolver", afirmou o comissário-geral da agência, Pierre Krähenbül, em comunicado. 

O responsável explica no texto que “o desespero, a miséria e a negação da dignidade” resultantes do conflito e do bloqueio israelita se tornaram parte do dia a dia dos residentes de Gaza que não morreram no conflito.

“As cicatrizes físicas e psicológicas estão por todo o lado na Faixa de Gaza. Inúmeras crianças vivem com os traumas sofridos durante a guerra e mais de mil com deficiências permanentes. Isto deveria lembrar-nos que os conflitos se medem pelo custo humano que causam”, afirmou.

Krähenbül refere a difícil situação dos sobreviventes, afirmando que nem uma das 12 mil habitações destruídas pelos bombardeamentos foi reconstruída, deixando 120 mil pessoas sem abrigo, e que a taxa de desemprego, de cerca de 43%, retira perspetivas de futuro aos jovens.

“Esta situação é uma bomba relógio para a região”, sublinhou, acrescentando que “ num Médio Oriente cada vez mais instável, não tem resposta às necessidades e direitos da população de Gaza é um risco que o mundo não devia correr”.

“É necessária uma política determinada numa série de frentes para alcançar a necessária mudança de paradigma na Faixa de Gaza, começando por um alívio do bloqueio, garantindo a segurança e direitos para todos, que permita aumentar as exportações de Gaza para estimular a recuperação da economia e a liberdade de movimento dos civis”, disse.

FONTE

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