Mais de 6400 pessoas foram mortas em 1 ano em consequência do conflito no leste da Ucrânia, onde apesar de um abrandamento dos combates, persistem as violações graves dos direitos humanos
O balanço da violência entre os rebeldes separatistas pró-russos e as forças de Kiev entre meados de abril de 2014 e 30 de maio de 2015 é de 6417 mortos e 15962 feridos na zona do conflito no leste da Ucrânia, indica um relatório das Nações Unidas.
"Apesar da diminuição das hostilidades, civis continuam a ser mortos e feridos", declarou o Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al Hussein.
"Temos documentadas informações preocupantes sobre execuções sumárias por parte dos grupos armados e investigamos alegações semelhantes visando as forças armadas ucranianas", afirmou o responsável.
O gabinete do alto-comissário possui igualmente "relatos horríveis sobre tortura e maus tratos durante a detenção quer dos grupos armados quer das forças da ordem ucranianas", bem como informações de que a Rússia continua a enviar armamento pesado e combatentes para a zona de conflito, o que é negado por Moscou.
O relatório lembra que cinco milhões de pessoas que viviam na zona de conflito foram profundamente afetadas, incluindo os 1,2 milhões de deslocados, pedindo que sejam aplicadas todas as medidas previstas nos acordos de Minsk, assinados em fevereiro.
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