Nova Guerra Fria

quinta-feira, 25 de junho de 2015

OTAN REVÊ POLÍTICA NUCLEAR DEVIDO A RÚSSIA!

Alegando a "retórica irresponsável" da Rússia, a OTAN vai atualizar sua política nuclear. Podendo aumentar a presença de armamento nuclear nos próximos exercícios militares!

A organização que reúne 27 países vai atualizar a política quanto ao armamento nuclear, devido ao conflito que a Rússia mantém com a Ucrânia e à recente postura do país liderado por Vladimir Putin.

A OTAN está preparando para reavaliar a sua política nuclear devido à recente “retórica irresponsável” da Rússia. Ou seja, por causa do recente conflito que a nação liderada por Vladimir Putin tem mantido com a Ucrânia, escreve o Financial Times. A Organização do Tratado do Atlântico Norte poderá aumentar a presença de armamento nuclear nos seus exercícios militares.

A intenção não passa por voltar aos tempos da Guerra Fria, quando os EUA e a Rússia, durante o conflito de contra-espionagem, mantinham também uma corrida ao armamento nuclear. “Não seremos arrastados para uma corrida [destas]”, garantiu Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, à saída da cimeira da organização que decorreu esta quarta-feira, em Bruxelas. Stoltenberg lembrou que, nos últimos tempos, a Rússia tem “realizado mais exercícios [militares] nucleares na sua postura de defesa”.

Na passada semana, aliás, o presidente russo anunciou que o país ia adquirir 40 novos mísseis intercontinentais. “Há uma preocupação muito real com a forma como a Rússia fala publicamente sobre assuntos nucleares. Por isso há bastantes deliberações na aliança sobre armamento, mas tudo está a ser feito, deliberadamente, muito devagar”, disse, ao The Guardian, um responsável da OTAN, que o diário inglês não identificou.

O mesmo jornal escreve também que a atual política nuclear da OTAN é encarada por vários diplomatas e responsáveis da organização como desajustada — por ainda pressupor uma postura cooperante da Rússia, como a que existia há cerca de uma década.

Caso a entidade, de fato, dê um empurrão no seu armamento nuclear para fazer frente à Rússia, essa decisão seria, também, um abalo para Barack Obama. O presidente dos EUA — país que contribuiu com mais meios e militares para a OTAN –, como escreve o Financial Times, sempre se baseou numa postura e discurso anti-nucleares.

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