Coalizão liderada pelos EUA atacam o Estado Islâmico para ajudar extremistas e rebeldes rivais ao grupo, entre eles, a Al-Nuzra, filial da Al-Qaeda na Síria. O ataque ocorreu para que o EI não se aproxime da fronteira com a Turquia. Em outra região, Hasaka, um combate entre Governo, Curdos e EI deixaram 119 mortos, levando em consideração apenas os números oficiais
A coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardeou o grupo Estado Islâmico (EI) no norte da Síria intervindo pela primeira vez em uma batalha entre os extremistas e seus rivais rebeldes, entre eles a al-Qaeda.
Segundo os especialistas, estes bombardeios buscam impedir a qualquer preço a expansão do EI na província de Alepo em detrimento dos rebeldes, inimigos por sua vez do regime de Bashar al-Assad e desta organização extremista.
Em seu início, em 23 de setembro, os ataques aéreos eram dirigidos a bastiões do EI ou a lugares de combate entre as forças curdas e os extremistas.
- Neste domingo a coalizão deu apoio aéreo pela primeira vez a grupos não curdos em seu combate contra o EI na Síria - afirmou o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Segundo a organização, um avião da coalizão lançou quatro ataques contra posições do EI em Suran, localidade rebelde capturada pelos extremistas há uma semana.
O EI pretendia tomar o controle da localidade de Aazas, perto de um passagem de provisões dos rebeldes desde a Turquia.
- Os bombardeios, que deixaram oito mortos, entre eles um chefe do EI, podem ser considerados como um apoio aos rebeldes inclusive, se entre estes últimos, se inclui a Frente al-Nosra, a ramificação síria da al-Qaeda. Isto pode ser interpretado como um apoio indireto à al-Qaeda - afirmou Rahman.
Apesar da al-Nosra estar na lista de organizações terroristas de Washington, o diretor da ONG apontou como possível causa para que os Estados Unidos ter tomado a decisão de impedir que o EI chegue de Aazaz.
- Na província de Alepo, a al-Nosra constitui uma pequena parte das forças rebeldes que combatem o EI e que englobam o Exército Sírio Livre, quer dizer, a rebelião moderada apoiada por Washington e Riad - disse Thomas Pierret, especialista do islã contemporâneo da universidade de Edimburgo.
No Twitter, simpatizantes do EI expressaram seu furor depois dos bombardeios, acusando os rebeldes de ser espiãs dos Estados Unidos e de colaborar com a coalizão cruzada.
O conflito na Síria se opunha a princípio o regime contra os rebeldes laicos e islâmicos, antes da chegada de numerosos grupos extremistas, especialmente o Estado Islâmico, que atualmente controla extensos territórios no país e no vizinho Iraque.
EI EXPULSO DE HASAKA
Em outra frente do conflito, no nordeste, o Exército sírio expulsou os extremistas do EI das imediações de Hasaka, capital da província do mesmo nome que o grupo tenta conquistar desde 30 de maio, segundo o regime e o OSDH.
"O EI, que se encontrava desde quinta-feira na entrada sul da cidade, se viu obrigado a se retirar a dois quilômetros por causa dos combates", informou o OSDH.
Paralelamente e depois de ter se mantido à margem da batalha, as forças curdas começaram a combater na noite de sábado contra o grupo extremista mas nos arredores de seus quartéis, no oeste da cidade.
Os combates deixaram ao menos 119 mortos: 71 soldados e milicianos leais ao regime e 48 combatentes do EI, incluídos 11 terroristas suicidas que morreram em carros-bomba contra posições do regime.
Uma eventual queda de Hasaka daria ao EI o controle de uma segunda capital de província depois de Raqa, seu bastião.
No Iraque, o EI reivindicou um atentado com carro-bomba contra restaurantes de uma cidade ao norte de Bagdá que deixou cerca de 15 mortes e 37 feridos, segundo fontes policiais e locais.
No norte do país, a forças governamentais ganhavam terreno ao grupo extremista na cidade de Baiji, que tentam conquistar pela segunda vez.
FONTE: https://br.noticias.yahoo.com/coaliz%C3%A3o-bombardeia-ei-s%C3%ADria-apoio-aos-rebeldes-031134844.html
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