A ofensiva de aliados sunitas do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi contra os rebeldes xiitas que tomaram grandes partes do Iêmen nos últimos meses já conta com mais de 180 aviões para os bombardeios de áreas controladas pelos insurgentes, elevando a tensão sectária na região e o preço do petróleo no mundo em 5%.
Egito e Arábia Saudita, as duas principais potências sunitas, cogitam uma intervenção por terra, levando o xiita Irã a declarar que tomaria “todas as providências necessárias” para controlar a crise. Além dos egípcios e sauditas, participam da coalizão Sudão, Marrocos, Jordânia, Bahrein, Qatar, Kuwait e Emirados Árabes. Os EUA oferecem ajuda de logística e de Inteligência.
O general saudita Ahmed Asseri não descartou uma invasão por terra:
— Não há planos por enquanto para forças terrestres, mas se essa necessidade chegar, as forças terrestres sauditas e de nossos amigos estão prontas para repelir qualquer agressão — disse.
A segunda noite de bombardeios dos caças da coalizão sunita causou a morte de vários civis, levando os residentes da capital Sanaa ao desespero.
— Toda minha família e eu nos preparamos para dormir no porão, já que é a parte mais segura da casa — disse Fawzia Nedras. — As janelas estão rangendo e achamos que vão quebrar. Moramos perto do aeroporto, onde achamos que várias lideranças houthi estão vivendo e onde se concentram os ataques aéreos.
Em Áden, onde o presidente Hadi estava refugiado após a tomada da capital, rebeldes e milicianos leais ao presidente continuam numa batalha campal pelo controle da principal cidade portuária do país.
Hadi, que nesta quinta-feira apareceu na Arábia Saudita após seus funcionários negarem que ele tinha deixado o país, acusa os iranianos de fornecerem armas para os houthi, etnia xiita que lidera o levante armado.
Já os rebeldes afirmam que Hadi — ex-vice-presidente que assumiu em 2012 prometendo convocar eleições após a queda de Ali Abdullah Saleh, que governava o país desde 1990 — se recusa a fazer uma partilha justa do poder.
Três milicianos de Hadi e 13 pró-houthi morreram no Norte da cidade. O aeroporto, que havia sido tomado pelos rebeldes, foi reconquistado nesta quinta-feira, mas continua fechado. Os maiores portos do Iêmen — Áden, al-Mukalla, al-Mokha e al-Hudaydah — também estão fechados. Temendo bombardeios, a ONU anunciou que seus funcionários deixarão Áden e Sanaa.
O receio de que o conflito se espalhe e que o estreito de Bab el-Mandeb — onde passam quatro milhões de barris de petróleo por dia — seja fechado fez o preço do petróleo subir 5% nesta quinta-feira. Os EUA afirmam que irão proteger o estreito.
As forças leais a Hadi também enfrentam o general Khalifa Haftar, que se insurgiu contra o então presidente sendo, na prática, um aliado dos houthi e também alvo dos bombardeios.
Amanhã, Hadi participará de uma reunião da Liga Árabe onde deve reforçar as denúncias contra os houthi. O chanceler interino do Iêmen, Riyadh Yaseen, disse que o presidente pedirá aos árabes um “Plano Marshall” para o país.
FONTE: http://oglobo.globo.com/mundo/vizinhos-atacam-xiitas-do-iemen-com-180-cacas-15712137
é td culpa dos yakiiir, mas vamus destruilor
ResponderExcluir