Ataque dos Talibãs deixaram 141 mortos em escola do Paquistão, 132 eram crianças. Já no Iêmen, carros-bombas explodiram posições xiitas, atingindo um ônibus escolar, deixando 25 mortos, 15 crianças.
FONTE: Yahoo - Ataque contra escola deixa mais de 140 mortos no Paquistão
Um grupo de talibãs armados invadiu nesta terça-feira uma escola para filhos de militares no Paquistão, cometendo um massacre que deixou 141 mortos, a maioria crianças e adolescentes.
Cerca de cinco horas depois do início do ataque, o Exército anunciou o fim dos combates, com a eliminação dos seis agressores.
Muitos alunos foram executados com tiros na cabeça, informou o ministro provincial da Informação, Mushtaq Ghani.
Entre as vítimas, 132 eram estudantes da instituição e nove eram funcionários do local. Além disso, 124 pessoas ficaram feridas, entre elas 121 crianças, informou o porta-voz do exército, Asim Bajwa.
Segundo testemunhas, uma forte explosão sacudiu a escola pública. Depois disso, os terroristas - que usavam uniformes militares -, percorreram sala por sala atirando nos estudantes.
O ataque, reivindicado imediatamente pelo Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP, nas siglas em inglês), principal grupo extremista islâmico do país, é o pior da história do Paquistão e é muito significativo porque teve como vítimas os filhos de integrantes das forças de ordem.
O recorde anterior de vítimas remontava a dezembro de 2007, quando 139 pessoas morreram em um atentado em Karachi, entre elas a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, que acabava de voltar ao Paquistão.
Esta escola, com 500 estudantes entre dez e 18 anos, está localizada na estrada entre Peshawar e Warsakm e faz parte de uma rede de 146 instituições para filhos de militares. As mulheres dos soldados trabalham como professoras.
Mohamed Umar Jorasani, porta-voz do TTP, reivindicou o ataque e disse que os militantes usaram franco-atiradores e suicidas.
"Receberam ordens para atirar nos estudantes mais velhos, não em crianças", disse à AFP, afirmando que o objetivo da operação era vingar seus combatentes mortos na ofensiva militar contra o movimento em seus redutos perto de Peshawar.
O TTP, principal grupo extremista do país, é uma organização ligada à Al-Qaeda, que enfrenta o governo desde 2007.
"Realizamos uma investigação em que determinamos que os filhos de várias autoridades militares estudam nessa escola", disse Jorasani à AFP.
O Exército realiza há meses uma ampla ofensiva contra o TTP na região tribal do Waziristão do Norte, situada na fronteira com o Afeganistão.
Dois carros-bomba explodiram no sul da capital do Iêmen nesta terça-feira, atingindo um ônibus escolar e matando ao menos 25 pessoas, entre elas 15 estudantes de ensino fundamental, de acordo com oficiais do governo, forças rebeldes e testemunhas.
Líderes locais afirmaram que um dos carros tinha como alvo a residência do líder rebelde xiita Abdullah Idris.
O outro veículo acertou um posto de controle próximo à residência de Saleh, matando os rebeldes que faziam a guarda e também atingindo o ônibus escolar.
O grupo rebelde xiita Houthis culpou a Al-Qaeda pelos ataques.
Esta é a segunda vez que Idris é alvo de um atentado desde outubro. Houthis e Al-Qaeda combatem na cidade de Radaa desde que os rebeldes tomaram controle da área, em outubro.
O Iêmen é palco de uma luta pelo controle do país entre forças do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi e o Houthis, que se aliaram ao presidente deposto Ali Abdullah Saleh.
Abdullah Idris, líder do Houthis, era membro do partido de Saleh.
Também nesta terça-feira, parlamentares leais a Saleh, que controlam o legislativo, negaram um voto de confiança ao novo programa do governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários anônimos ou registrados estão liberados e serão moderados pelo Administrador do Blog.
Comentários envolvendo palavrões, ameaças, racismo e preconceito religioso ou sexual ou quaisquer outro tipo de ofensa, serão excluídos em respeito ao leitor.