Nova Guerra Fria

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

ATENTADOS NO PAQUISTÃO E IÊMEN DEIXAM MAIS DE 165 MORTOS!

Ataque dos Talibãs deixaram 141 mortos em escola do Paquistão, 132 eram crianças. Já no Iêmen, carros-bombas explodiram posições xiitas, atingindo um ônibus escolar, deixando 25 mortos, 15 crianças.

FONTE: Yahoo - Ataque contra escola deixa mais de 140 mortos no Paquistão
Um grupo de talibãs armados invadiu nesta terça-feira uma escola para filhos de militares no Paquistão, cometendo um massacre que deixou 141 mortos, a maioria crianças e adolescentes.

Cerca de cinco horas depois do início do ataque, o Exército anunciou o fim dos combates, com a eliminação dos seis agressores.

Muitos alunos foram executados com tiros na cabeça, informou o ministro provincial da Informação, Mushtaq Ghani.

Entre as vítimas, 132 eram estudantes da instituição e nove eram funcionários do local. Além disso, 124 pessoas ficaram feridas, entre elas 121 crianças, informou o porta-voz do exército, Asim Bajwa.

Segundo testemunhas, uma forte explosão sacudiu a escola pública. Depois disso, os terroristas - que usavam uniformes militares -, percorreram sala por sala atirando nos estudantes.

O ataque, reivindicado imediatamente pelo Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP, nas siglas em inglês), principal grupo extremista islâmico do país, é o pior da história do Paquistão e é muito significativo porque teve como vítimas os filhos de integrantes das forças de ordem.

O recorde anterior de vítimas remontava a dezembro de 2007, quando 139 pessoas morreram em um atentado em Karachi, entre elas a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, que acabava de voltar ao Paquistão.

Esta escola, com 500 estudantes entre dez e 18 anos, está localizada na estrada entre Peshawar e Warsakm e faz parte de uma rede de 146 instituições para filhos de militares. As mulheres dos soldados trabalham como professoras.

Mohamed Umar Jorasani, porta-voz do TTP, reivindicou o ataque e disse que os militantes usaram franco-atiradores e suicidas.

"Receberam ordens para atirar nos estudantes mais velhos, não em crianças", disse à AFP, afirmando que o objetivo da operação era vingar seus combatentes mortos na ofensiva militar contra o movimento em seus redutos perto de Peshawar.

O TTP, principal grupo extremista do país, é uma organização ligada à Al-Qaeda, que enfrenta o governo desde 2007.

"Realizamos uma investigação em que determinamos que os filhos de várias autoridades militares estudam nessa escola", disse Jorasani à AFP.

O Exército realiza há meses uma ampla ofensiva contra o TTP na região tribal do Waziristão do Norte, situada na fronteira com o Afeganistão.

Dois carros-bomba explodiram no sul da capital do Iêmen nesta terça-feira, atingindo um ônibus escolar e matando ao menos 25 pessoas, entre elas 15 estudantes de ensino fundamental, de acordo com oficiais do governo, forças rebeldes e testemunhas.

Líderes locais afirmaram que um dos carros tinha como alvo a residência do líder rebelde xiita Abdullah Idris.

O outro veículo acertou um posto de controle próximo à residência de Saleh, matando os rebeldes que faziam a guarda e também atingindo o ônibus escolar.

O grupo rebelde xiita Houthis culpou a Al-Qaeda pelos ataques.

Esta é a segunda vez que Idris é alvo de um atentado desde outubro. Houthis e Al-Qaeda combatem na cidade de Radaa desde que os rebeldes tomaram controle da área, em outubro.

O Iêmen é palco de uma luta pelo controle do país entre forças do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi e o Houthis, que se aliaram ao presidente deposto Ali Abdullah Saleh.

Abdullah Idris, líder do Houthis, era membro do partido de Saleh.

Também nesta terça-feira, parlamentares leais a Saleh, que controlam o legislativo, negaram um voto de confiança ao novo programa do governo.

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