Guerra Israel x Gaza pode estar perto do fim. Pela primeira vez na guerra, uma trégua dá certo!
FONTE: BBC - O conflito em Gaza pode estar no fim, mas não há vencedores
Nem de longe é possível afirmar, a essa altura, que a atual trégua que predomina no conflito entre israelenses e palestinos significa o fim desta guerra.
De fato, na falta de qualquer mudança fundamental nas circunstâncias que envolvem a vida dos palestinos na Faixa de Gaza, os choques atuais podem ser apenas isso: um episódio deste conflito brutal – que irá se repetir nos próximos meses ou anos.
Israel voltou a “cortar a relva” ao movimento radical islâmico. O Hamas atacou como nunca antes tinha atacado. Os dois estão mais fortes. Depois do cessar-fogo, as negociações decorrem no Cairo.
A poeira da guerra parecia estar a assentar depois do acordo de cessar-fogo negociado pelo Egito em que Israel e o Hamas se comprometeram a parar as hostilidades durante 72 horas para negociar.
Os soldados e tanques israelitas saíam da Faixa de Gaza, e não havia rockets a voar contra Israel, mas nos dois lados parecia haver mais uma sensação de alívio do que uma atmosfera de vitória. Terá sido mais um “cortar de relva” de Israel ao Hamas ou as negociações do Cairo poderão fazer avançar algum tipo de acordo mais duradouro?
“Vitórias reais são, de cada lado, difíceis de conseguir. Não há fim para este dilema, e deverá ficar mais intenso”, comentava Daniel L. Byman. “Usam o termo cortar a relva – se Israel não fizer nada, o problema vai ficar fora de controle.” A maioria dos analistas não vê grandes hipóteses de um acordo de paz duradouro no Cairo.
FONTE: REUTERS - Israel retira tropas de Gaza; começa trégua de 72 horas!
- Israel retirou suas forças terrestres da Faixa de Gaza nesta terça-feira e iniciou um cessar-fogo de 72 horas com o Hamas, mediado pelo Egito, como primeiro passo rumo a negociações sobre um acordo mais duradouro da guerra de um mês.
Minutos após o início da trégua, às 8h (2h no horário de Brasília), o Hamas disparou uma salva de foguetes que chamou de vingança pelos "massacres" de Israel. O sistema antimísseis israelense abateu um foguete sobre Jerusalém, informou a polícia, e outro atingiu uma casa em uma cidade próxima de Belém, na Cisjordânia. Não houve vítimas.
Blindados e infantaria israelenses deixaram Gaza antes da trégua, e um porta-voz militar disse que o objetivo principal – destruir túneis através da fronteira usados por militantes islâmicos para se infiltrarem em Israel – foi alcançado. “Missão cumprida”, tuitaram os militares.
Soldados e tanques serão “reposicionados em posições defensivas nas cercanias da Faixa de Gaza, e manteremos essas posições”, afirmou o tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz dos militares, explicitando a prontidão de Israel para retomar os combates se for atacado.
Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas, que controla Gaza, disse que a ofensiva de Israel no enclave costeiro densamente povoado foi "100 por cento fracassada".
Israel enviou autoridades para conversas no Cairo que almejam cimentar um acordo de longo prazo durante a trégua. O Hamas e a Jihad Islâmica também mandaram representantes de Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou seu gabinete de segurança para discutir as consequências do conflito, declararam autoridades.
Em Gaza, onde cerca de meio milhão de pessoas foram deslocadas durante os combates, alguns moradores, carregando colchões e levando crianças a tiracolo, abandonaram abrigos da Organização das Nações Unidas (ONU) e retornaram às suas vizinhanças, onde bairros inteiros foram arrasados por bombardeios israelenses e o cheiro de corpos em decomposição paira no ar.
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