Perdendo espaços no Iraque com os ataques americanos e curdos, Estado Islâmico investe em outra frente: Síria
Pelo menos 39 combatentes morreram nesta quarta-feira em confrontos entre rebeldes sírios e jihadistas do Estado Islâmico (EI) na província síria de Aleppo, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Ao menos 31 combatentes insurgentes e oito combatentes dos EI morreram em confrontos que resultaram na tomada de controle pelo grupo jihadista de seis localidades na província de Aleppo", afirma um comunicado da ONG.
O jihadista Estado Islâmico (EI) tomou o controle de seis localidades no nordeste da província síria de Aleppo, no norte do país, após duros enfrentamentos com outras organizações islamitas rivais.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou nesta quarta-feira em comunicado que o EI ocupou as aldeias de Al Masudiya, Al Aziziya, Dubiq, Al Gour, Turkoman e Ajtarin, após a retirada da Frente al Nusra - filial da rede terrorista Al Qaeda na Síria, junto com outras facções armadas islamitas.
Ajtarin é considerada uma zona estratégica para o EI porque abriu as portas para Maré, o mais importante reduto da Frente Islâmica; e para Azaz, perto da fronteira turca, e a expectativa é que estas duas zonas sejam os dois próximos alvos da organização jihadista.
A entrada do EI nessas seis localidades faz parte da tentativa de dominar o norte de Aleppo, que somaria às suas posições nas províncias orientais de Al Raqqah e Deir ez Zor.
Os combates entre o EI, por um lado, e o Frente al Nusra e as brigadas islamitas aliadas, do outro, causaram um número indeterminado de mortos e feridos nos dois lados, enquanto prosseguem os confrontos nos arredores da aldeia Arshaf.
As forças governamentais sírias assumiram praticamente todo o controle de uma cidade considerada chave na região de Damasco, após meses de combates, anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"O exército controla a maior parte de Mleiha, mas os combates prosseguem", disse o diretor da ONG, Rami Abdel Rahman.
Mleiha, situada 10 km ao sudeste de Damasco, é um reduto rebelde que o regime tenta recuperar desde abril, apoiado por combatentes do Hezbollah libanês.
A localidade é considerada estratégica, pois dá acesso a Ghuta oriental, uma região controlada pelos rebeldes.
A Jordânia e o Líbano pediram nesta quarta-feira (13) para que a crise síria seja resolvida o mais rápido possível pela via política, para aliviar as influências negativas sobre os países vizinhos.
O chanceler da Jordânia, Nasser Joudeh, reuniu-se no mesmo dia, em Amã, com o seu homólogo libanês, Gebran Bassil. Eles discutiram as relações bilaterais e a crise síria. As duas partes esperam que a comunidade internacional assuma a responsabilidade e alcance um projeto da solução política, a fim de garantir a segurança nacional e a integridade territorial. Além disso, os dois chanceleres pediram que a comunidade internacional apoie mais os países vizinhos da Síria, fornecendo serviços aos refugiados sírios.
O Ministério para Situações de Emergência da Rússia enviou à Síria 30 toneladas de ajuda humanitária, disse a jornalistas o porta-voz do ministério, Alexander Drobyshevsky.
"Um Il-76 com 30 toneladas de ajuda humanitária partiu do aeródromo Ramenskoe, nos arredores de Moscou, com destino à Síria", referiu ele, especificando que o referido voo especial leva alimentos.
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