Soldados foram atingidos por mísseis em posto de fronteira. Ataque parece ser o mais mortífero contra tropas do governo.
Conflito na Ucrânia deixou 478 civis mortos, diz governo
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, prometeu “encontrar e destruir” os rebeldes pró-Rússia que mataram 23 soldados e feriram quase 100 em um ataque com mísseis nesta sexta-feira (11).
O ataque, ocorrido quando forças do governo pareciam estar prevalecendo no conflito de três meses, parece ser o mais mortífero contra tropas governamentais desde que os militares ucranianos encerraram um cessar-fogo unilateral em 30 de junho.
Poroshenko emitiu seu raivoso comunicado após uma reunião de emergência de seus chefes de segurança em resposta ao ataque matutino com mísseis russos Grad contra uma brigada motorizada do Exército perto da fronteira com a Rússia.
“Todos aqueles que usaram os Grad contra as Forças Armadas da Ucrânia serão encontrados e destruídos”, afirmou Poroshenko no comunicado publicado em seu site.
“Para cada soldado morto, os militantes pagarão com dezenas e centenas dos seus. Nem um só terrorista irá escapar da responsabilidade; cada um terá o que merece”, disse.
Os separatistas pró-Rússia lançaram uma série de mísseis Grad às 4h30 no horário local contra o posto de fronteira de Zelenopillya, na região de Luhansk, no extremo leste da Ucrânia, informaram fontes militares.
O Ministério da Defesa ucraniano afirmou que 19 soldados foram mortos e o serviço de guarda da fronteira disse que quatro de seus funcionários também morreram. O porta-voz dos militares, Vladyslav Seleznyov, escreveu na sua página no Facebook que 93 pessoas ficaram feridas no ataque com os Grad.
O ataque foi um grande revés para o governo, que obteve uma notável vitória no fim de semana passado expulsando os rebeldes do seu bastião em Slaviansk e os forçando a voltar à cidade industrial de Donetsk, onde se entrincheiraram.
O conflito armado entre as forças governamentais e os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia causou a morte a 478 civis em três meses, informou nesta quinta-feira o Ministério de Saúde ucraniano.
"Morreram 478 pessoas, entre eles 30 mulheres e sete crianças. Trata-se de população civil", disse em entrevista coletiva o vice-ministro de Saúde, Vasyl Lazorishinets.
Além disso, "1.392 pessoas ficaram feridas, entre elas 104 mulheres e 14 crianças", acrescentou.
No campo de batalha, desde o início das ações do exército contra os insurgentes em meados de abril, "morreram 173 militares (ucranianos) e 446 ficaram feridos", segundo dados atualizados hoje pelo centro de imprensa das forças ucranianas.
Por outro lado, não há um número exato de mortos, nem sequer aproximado, de milicianos que combatem contra as forças ucranianas.
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