Nova Guerra Fria

quarta-feira, 1 de maio de 2013

EDITORIAL: NUNCA TIVEMOS TÃO PRÓXIMOS DE UMA GUERRA MUNDIAL - PARTE 1: CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO.


EDITORIAL: NUNCA TIVEMOS TÃO PRÓXIMOS DE UMA GUERRA MUNDIAL - PARTE 1: CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO.

As crescentes tensões no mundo atual, com muitos países mergulhados numa devastadora crise econômica e sem soluções a curto prazo, assim como em 1929. Os pactos militares e pequenas guerras internas com ambos os lados apoiados por grupos e países maiores, assim como na década de 30, nos faz lembrar o prelúdio da Segunda Grande Guerra Mundial.

A cada dia que se passa na Síria, a tensão só piora. A batalha que começou como mais uma manifestação da Primavera Árabe, se tornou uma Guerra entre rebeldes (Exército da Síria Livre) contra as forças do Presidente Assad e semanas atrás, recebemos as notícias de que a Al Qaeda Iraquiano e Sírio, O Hezbollah, os Curdos e demais grupos rebeldes Xiitas e Sunitas, entraram para a briga que está se espalhando pelo Oriente Médio em proporções nunca antes vistas.

Uma Guerra Confusa

A questão é complicada de ser explicada, mas aqui no Sempre Guerra você entenderá a situação:
- A Síria é governado por um Alauita, apoiado pelos Xiitas e guerreiam contra o Exército da Síria Livre, controlado pelos Sunitas.
- O Hezbollah é um grupo Xiita que tem sua sede no Líbano.
- A Al Qaeda Iraquiana e Al Qaeda Sírio, são grupos terroristas que apoiam os Sunitas.
- Os Curdos, que lutam pela sua soberania em uma região da Síria e Iraque, se uniram aos Sunitas.
- O Iraque é Governado por Xiitas.
- O Irã é governado por Xiitas.
- A Turquia é governado por Sunitas.
- O Israel só assiste.
- O Hamas é Sunita, está em cima do muro por receber ajudas do Irã.

Então temos a seguinte situação: Assad, Hezbollah, com o apoio do Irã e Iraque e compram armas russas, de um lado. E de outro lado, os rebeldes sírios e os Curdos, com o apoio da Al Qaeda Iraquiana e Sírio e da Turquia e recebem armas americanas e russas, pois muitos rebeldes não sabem utilizar armas dos EUA, por isto, os rebeldes são instruídos na Turquia para o combate com armas americanas e da Otan.

Esta semana, o líder dos rebeldes sírios prometeu levar a guerra até o Líbano, se o Hezbollah não cessar os ataques em apoio ao presidente Assad.

O Irã e o Iraque já declaram publicamente que estão ajudando o Presidente Assad, causando um mal estar tremendo entre os líderes iraquianos com as forças da Otan no país.

A Guerra está se tornando Regional, quando países ou grupos do mesmo continente se gladiam, mas estamos a um passo de se tornar mundial.

E os Estados Unidos?

A declaração de que foi utilizado armas químicas na Síria pode ser um divisor de águas nesta guerra regional.

Mas pode parecer absurdo o que vou falar: Obama não quer esta guerra!

Alguns sites de política americana são céticos: Pura jogada política da oposição (pró-bush) que quer colocar Obama num caminho sem retorno.

Obama deu uma bola fora em dizer que a "linha vermelha" da Síria seria a utilização de armas químicas. A oposição, aproveitando a deixa do presidente, "achou" as tais armas químicas e querem uma resposta imediata do Presidente para o caso, eles querem a intervenção militar. O povo vê um retrocesso se uma intervenção militar for aprovada pelo presidente.

Obama terá que tomar uma decisão, se o Assad usou (ou usar) essas armas químicas: Invade a Síria e vê sua reputação cair a níveis tão baixas quanto a do Bush ou, deixa do jeito que está mas verá a credibilidade dos EUA caírem a níveis iguais da Coréia do Norte - Um cachorro medroso que só late, mas não morde.

Dependendo da decisão de Obama, podemos ter a intervenção dos EUA com o apoio da Otan em um país que tem uma base militar e apoio da Rússia, além de apoios da China, Irã e Iraque.

Ainda estamos no meio especulativo, onde o pior dos cenários pode acontecer se as peças serem movidas erroneamente neste jogo de nervos.

Marcel Hirata (Yusuke) para o Blog Sempre Guerra.

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