O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nesta quinta-feira, 17, a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a adoção de todas as medidas necessárias para impedir o massacre de civis por tropas do ditador Muamar Kadafi. A medida recebeu dez votos favoráveis (EUA, Reino Unido, França, Líbiano, Bósnia e Herzegovina, Colômbia, África do Sul, Nigéria, Gabão e Portugal) e cinco abstenções: Brasil, China, Rússia, Índia e Alemanha. Tropas americanas, francesas, britânicas e de dois países árabes devem participar da ação militar.
A decisão foi tomada um mês depois do início dos protestos pela derrubada do ditador, e uma semana após Kadafi ganhar terreno, em uma ofensiva que retomou diversas cidades do oeste da Líbia das mãos da oposição e chegou às portas de Benghazi, a capital rebelde.
As negociações estiveram sob o comando da França, do Reino Unido e do Líbano. Os Estados Unidos se envolveram mais intensivamente nos últimos dias depois que a Liga Árabe e a União Africana se posicionaram a favor da zona de exclusão aérea. O desafio, ao longo dos últimos dois dias, foi convencer a China e a Rússia a não vetarem a resolução.
A resolução também congelou os bens de mais sete indivíduos e cinco companhias, que se juntam aos membros do regime de Kadafi e seus familiares que já haviam sido punidos na resolução aprovada em fevereiro. Também reforçaram o embargo de armas. Para completar, o texto pede um cessar-fogo imediato.
Reação na Líbia
Em Benghazi, manifestantes pró-democracia celebraram a decisão da ONU, mostram imagens da rede de TV Al-Jazira. Kadafi, por sua vez, em entrevista ao canal português RTP, qualificou a medida de 'loucura e arrogância'. "Eles nunca terão paz. Faremos de sua vida um inferno", disse Kadafi, segundo o The Guardian.
Kadafi já havia ameaçado os rebeldes com um ataque final a Benghazi ainda hoje. O ditador fez um discurso via rádio no qual disse que as tropas do governo estão chegando à capital rebelde e lançarão uma ofensiva sem misericórdia.
Fonte: Estadão
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Vamos acompanhar me amigo,
ResponderExcluirCreio que há 50 % de chance de Kadafi cair e outra parte de vermos os animos se acirrando pelo mundo árabe.
É o meio do caminho, ou tudo acaba rápido com a capitualção de Kadafi e vitória dos opositores e ou tudo fracassa e cause muito mais instabilidade não só para aquela região como consequências diversas, incluso econômicas.
Daniel