Nova Guerra Fria

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Plantão: Coréia do Norte ataca ilha da Coréia do Sul

A Casa Branca condenou nesta terça-feira (23) o ataque de artilharia da Coreia do Norte contra uma ilha sul-coreana e pediu que a ação militar seja cessada. Pelo menos dois soldados sul-coreanos morreram na ação, e 20 pessoas ficaram feridas.

"Hoje mais cedo a Coreia do Norte realizou um ataque de artilharia contra a ilha sul-coreana de Yenpyeong. Estamos em contato direto e contínuo com nossos aliados sul-coreanos", afirma o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, em um comunicado.

"Os EUA condenam fortemente este ataque e pedem à Coreia do Norte que pare sua ação beligerante", disse o governo de Washington, que é aliado da Coreia do Sul.

O texto destaca ainda que os EUA estão "profundamente comprometidos com a defesa do nosso aliado, a República da Coreia, e com a manutenção da paz e da estabilidade na região".

O horário incomum do comunicado - emitido às 4H30 locais (7H30 de Brasília), apenas algumas horas após os disparos - mostra a preocupação da Casa Branca sobre um dos incidentes fronteiriços mais sérios desde a guerra de 1950-53 entre os dois vizinhos coreanos.

Rússia
A Rússia condenou o bombardeio, considerou que seus autores têm uma "enorme responsabilidade" e pediu o fim de todas as hostilidades, segundo declarações do ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

"O que ocorreu merece ser condenado. Os que iniciaram isto e recorreram aos disparos contra a ilha sul-coreana (...) têm uma enorme responsabilidade", declarou Lavrov em Minsk, capital de Belarus, onde encontra-se em viagem. "Os disparos devem cessar imediatamente."

China
O ministério chinês das Relações Exteriores expressou preocupação com os disparos e defendeu a retomada das negociações sobre o programa nuclear de Pyongyang.

"Expressamos nossa preocupação sobre a situação", declarou Hong Lei, porta-voz do ministério das Relações Exteriores.

"Esperamos que as partes contribuam mais para a estabilidade na península coreana", completou.
A chancelaria da China, que é aliada da Coreia do Norte, disse é "imperativo" reativar o processo de negociação do grupo dos seis após a revelação da existência de uma nova usina de enriquecimento de urânio na Coreia do Norte.

União Europeia
A chefe da diplomacia da União Europeia, Katherine Ashton, também condenou o ataque.
"Estou profundamente preocupada com os eventos de hoje na península coreana, que deixou vítimas entre os militares e civis sul-coreanos", afirmou em um comunicado.

Alemanha
O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, por sua vez, se declarou muito preocupado com "a nova provocação norte-coreana".

"Espero um comportamento sensato de todas as partes durante esta situação tensa e saúdo os esforços do presidente sul-coreano Lee para evitar que a situação se deteriore", acrescentou.

Reino Unido
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, também condeou energicamente o ataque.
"A Grã-Bretanha condena energicamente o ataque não provocado da Coreia do Norte à ilha sul-coreana de Yeonpyeong. Estes ataques só levarão a mais tensões na península coreana", afirmou.

Japão
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, alertou seus ministros para que estejam preparados para qualquer eventualidade.

"Eu ordenei aos ministros que façam preparativos para que possamos reagir de maneira firme, no caso de qualquer evento inesperado acontecer", disse.

"Eu determinei que façam o melhor para reunir informações", completou.

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Um comentário:

  1. Está cada vez mais perto da 3° guerra. Se a coreia do sul revidar, pff já era!

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