terça-feira, 16 de setembro de 2014

MANOBRAS MILITARES NA UCRÂNIA: OTAN VAI AVANÇANDO PARA LESTE

Segundo a mídia, na região de Lvov, oeste da Ucrânia, se iniciaram em 15 de setembro as manobras militares internacionais Rapid Trident 2014.

Os exercícios, que se prolongarão até 26 de setembro, coincidiram com as declarações do secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, e do comandante em chefe das Forças Armadas da Aliança na Europa, o general norte-americano Philip Breedlove.

O primeiro deplorou a conduta da Rússia, que teria rejeitado tentativas da OTAN de restabelecer relações de parceria, enquanto o segundo político apelou à necessidade de se adaptar a novas condições em que já não existem “as relações de parceria com um dos principais jogadores”. Claro que usando a palavra “jogador” ele se referiu à Rússia.

E esta adaptação, a julgar pela crescente atividade militar da OTAN perto da fronteira russa, está em pleno andamento. As atuais manobras no oeste da Ucrânia, realizadas formalmente sob os auspícios dos EUA e não sob a égide da Aliança, podem ser vistas como um dos evidentes sinais dessa adaptação. É que, apesar do armistício, a crise ucraniana ainda não foi resolvida.


Antes disso, no âmbito do programa Parceria em Nome da Paz, não obstante os protestos da Rússia, foram levados a cabo exercícios de três dias das Marinhas de Guerra da Ucrânia e da OTAN (Sea Breeze 2014) no mar Negro, igualmente sob a alçada dos EUA. O evento contou com a participação de navios de guerra da Noruega, Suécia, França e Geórgia e de um contingente de 2.000 efetivos. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia qualificou as manobras como “inoportunas”.

Ora, passada apenas uma semana, começaram as novas manobras militares Rapid Trident 2014. De novo, formalmente, sob a égide do Pentágono. Claro que tal “camuflagem” não altera seus propósitos aparentes.
Desta feita, nos exercícios estão tomando parte 1.300 efetivos de 15 países, 700 peças de armas pesadas diversas e mais de 50 veículos de combate. Para além da Ucrânia e dos EUA, às manobras aderiram contingentes militares da Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha, Noruega, Bulgária, Polônia, Romênia, Lituânia, Letônia, Canadá, Moldávia, Geórgia e Azerbaijão.

Uma declaração interessante foi feita na ocasião pelo Departamento de Estado dos EUA, segundo a qual “tais manobras se realizam anualmente e não são, por conseguinte, uma reação aos acontecimentos no leste da Ucrânia”. A lógica de raciocínio como essa não pode deixar de admirar.

Diante de ameaças constantes dirigidas contra a Rússia que, supostamente, tem apostado em escalada da crise ucraniana e perante os sucessivos “pacotes” de sanções antirussas, se faz uma tentativa de convencer a opinião pública de que a “demonstração de músculos militares” não terá nada a ver com a Rússia, nem poderá afetar seus interesses vitais. Como se fosse impossível adiar as manobras até que o conflito na Ucrânia seja definitivamente regularizado!


Todavia, hoje, a maioria de políticos e peritos acredita que a Ucrânia como tal já não tem muita importância. Na cúpula de Gales, realça a propósito uma nota do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, foi decidido “seguir uma linha política de avanço militar da OTAN para leste, visando sua paulatina expansão para as fronteiras russas”.

Conforme salienta a nota, estes desígnios tinham surgido há muito tempo, tendo a crise ucraniana servido de pretexto para a sua concretização. A Aliança Atlântica, criada no período da Guerra Fria, adianta finalizando a nota diplomática, não é capaz de modificar seu “código genético”, ou seja, seu rumo estratégico de ingerência nos assuntos internos de outros países.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

EUA ATACAM ESTADO ISLÂMICO EM BAGDÁ E AMEAÇA ASSAD

Começam os planos dos EUA para Iraque e Síria. EUA lançam o primeiro ataque contra o Estado Islâmico em Bagdá. Americanos ameaçam Assad, caso ataque os caças dos aliados. Aliados de 30 países se unem militarmente para a guerra no Iraque e na Síria!

Os Estados Unidos lançaram nesta segunda-feira (15) um ataque aéreo contra alvos do grupo Estado Islâmico(EI) ao sul de Bagdá, capital do Iraque, afirmou o Comando Central dos EUA nesta segunda. Foi o primeiro ataque aéreo contra o EI na região de Bagdá, informou um funcionário da secretaria de Defesa à agência France Presse.

Segundo disse o funcionário à AFP, aviões de guerra norte-americanos lançaram ataques perto de Bagdá enquanto outras aeronaves atacavam as montanhas de Sinjar a oeste de Mosul, no norte do país.

A defesa aérea dos militares sírios enfrentaria retaliação se a Síria tentar responder a ataques aéreos norte-americanos contra alvos do Estado Islâmico na Síria, disseram altos funcionários dos Estados Unidos nesta segunda-feira.

A autorização do presidente Barack Obama para uso do poder aéreo norte-americano contra as fortalezas do Estado Islâmico na Síria levantou a questão se o presidente sírio, Bashar al-Assad, responderia de alguma forma.

Altos funcionários dos EUA que falaram com jornalistas disseram que Assad não deve interferir e que os Estados Unidos têm uma boa noção de onde as defesas aéreas sírias e instalações de comando e controle estão localizadas.

Um funcionário disse que os militares de Assad apenas atuariam se houvesse ameaça sobre a capacidade dos EUA de operar na área, que colocassem as defesas aéreas da Síria na região em risco.

Os Estados Unidos reforçaram que não irão coordenar com o governo Assad de nenhuma forma, em sua luta contra o Estado Islâmico. A posição de Obama tem sido de que ele gostaria de ver Assad fora do poder, especialmente depois de usar armas químicas contra seu próprio povo, no ano passado.

Mas ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria poderiam ter o efeito indireto de beneficiar Assad, uma vez que os extremistas têm lutado contra o governo sírio, durante o que é agora uma guerra civil de três anos.

Washington quer treinar e equipar os rebeldes sírios que são considerados moderados para manter o território livre para os ataques aéreos norte-americanos.

Cerca de 30 países presentes na Conferêbncia de Paris sobre o Iraque concordaram nesta segunda-feira (15) em fornecer ajuda militar apropriada a Bagdá para combater insurgentes do grupo radical estado Islãmico, em um comunicado divulgado após o início das conversas. Segundo o texto, emitido por autoridades francesas, combater o grupo é "uma questão de emergência", embora não haja ainda detalhes sobre o tipo de ajuda militar que seria enviada.

Os EUA revelaram esta semana um plano geral para combater os militantes islâmicos simultaneamente no Iraque e na Síria. O governo norte-americano acredita poder forjar uma aliança sólida, apesar da hesitação entre alguns parceiros e questões sobre a legalidade das ações, especialmente na Síria, onde o grupo militante tem uma base de poder.

Ministros das Relações Exteriores dos principais países europeus, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, os vizinhos do Iraque, mais o Catar, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos (países do Golfo Pérsico), se reuniram para discutir os aspectos humanitários, políticos e de segurança no combate ao Estado Islâmico.

O Irã, que é muito influente no Iraque, país vizinho, não está participando da conferência.

Com o objetivo de apoiar o combate ao grupo extremista "Estado Islâmico" (EI), a França anunciou voos de reconhecimento sobre o Iraque a partir desta segunda-feira (15/09). Os voos devem partir da base francesa em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, disse o ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, à emissora de rádio France Inter.

Segundo o ministro, seis aviões de combate franceses estão estacionados na base. Fabius fez o anúncio antes de uma conferência internacional em Paris, para discutir o avanço do EI e a estabilidade do Iraque. O principal tema do encontro deve ser uma ação conjunta contra o EI, que controla grandes áreas do Iraque e da Síria.

A Austrália vai começar a enviar tropas e aviões para o emirado de Abu Dhabi nesta semana, tornando-se o primeiro país que apoia por terra a ofensiva dos Estados Unidos contra o Estado Islâmico no Iraque, anunciou nesta segunda-feira a agência local AAP.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbot, detalhou no domingo que seu país enviará até 600 soldados e dezenas de aviões, entre eles sofisticados caças Super Hornet. O premier reconheceu em declarações à imprensa local que a guerra contra o grupo extremista pode estender por muitos meses.

Combatentes curdos sírios recuperaram o controle de 14 povos da Província setentrional de Al Hasaka na Síria após choques com o grupo jihadista EI (Estado Islâmico), informou nesta segunda-feira (15) a milícia Unidades de Proteção do Povo Curdo.

Em comunicado divulgado em seu site, esta força curdo-síria explicou que seus milicianos iniciaram em 13 de setembro uma operação contra os "terroristas", em referência ao EI, que ameaçavam tomar a cidade de Qameshli, e desde então retomaram o domínio de 14 locais.





sexta-feira, 12 de setembro de 2014

COMUNICADO

Amigos,

O blog ficará sem atualização durante esta sexta, já ficou hoje também, devido a falta de tempo.

Prometo voltar com atualizações no próximo sábado.

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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

RÚSSIA TESTA MÍSSIL NUCLEAR INTERCONTINENTAL

A Rússia testou nesta quarta-feira (10) um míssil nuclear intercontinental capaz de proporcionar um ataque nuclear 100 vezes mais forte que a explosão que devastou a cidade japonesa de Hiroshima em 1945.

Seu novo míssil Bulava, lançado por submarino, é uma arma de 12 metros de comprimento. Um Bulava pesa 36,8 toneladas e pode viajar por 8 mil quilômetros transportando 10 ogivas nucleares.
A arma, que deve ser o principal trunfo das forças nucleares russas até o fim da década, teve seu desenvolvimento atrasado por conta de uma série de testes mal sucedidos.

O comandante naval, almirante Viktor Chirkov, disse que o lançamento teste do Bulava havia sido feito no Mar Branco, afirmando que o míssil atingiu seu alvo no extremo oriente da Rússia.
"Em outubro e novembro deste ano, a frota naval irá conduzir mais dois lançamentos com dois cruzeiros equipados com mísseis balísticos", disse Chirkov segundo a agência Interfax.

Poder de dissuasão
Depois do teste, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a Rússia deve manter seu poder de dissuasão nuclear para fazer frente ao que chamou de crescente ameaça de segurança.

Com os laços com o Ocidente fragilizados por conta da crise na Ucrânia, Putin também assumiu o controle de uma comissão que supervisiona a indústria de defesa e fez um pedido para que a Rússia se torne menos dependente de equipamentos importados do Ocidente.

O presidente russo afirmou que a Otan está usando a retórica sobre a crise na Ucrânia para "se ressuscitar" e apontou que a Rússia havia alertado repetidas vezes que teria que responder a tais medidas.

"Precisamos de uma avaliação completa e confiável sobre as potenciais ameaças à segurança militar da Rússia. Para cada uma dessas ameaças, uma resposta adequada e suficiente deve ser encontrada", disse Putin em reunião com autoridades de defesa no Kremlin.

"Primeiramente, estamos falando de criar uma série racional de capacidades de ataque, incluindo a manutenção da solução garantida da tarefa de dissuasão nuclear", afirmou.

O presidente disse que a Rússia deve garantir o desenvolvimento de armas de alta precisão nos próximos anos, embora também tenha dito que "alguém pode estar querendo começar uma nova corrida armamentista. Não iremos participar disso, é claro".

A Rússia deve gastar 20 trilhões de rublos (US$ 536,81 bilhões) na modernização de seu Exército, que ainda hoje depende largamente de armas e de tecnologia da era soviética.

Putin reiterou que Moscou encontraria maneiras de substituir as importações da indústria de defesa perdidas por conta de sanções impostas pela União Europeia e pelos Estados Unidos devido à crise na Ucrânia.

"Não estamos planejando suspender intencionalmente a cooperação com nossos parceiros estrangeiros (mas) a nossa indústria deveria ser capaz de produzir equipamentos criticamente importantes, componentes e materiais", afirmou.

GUERRA CONTRA ESTADO ISLÂMICO - ATUALIZAÇÕES AO VIVO!

Começa a cobertura Sempre Guerra sobre a Guerra dos aliados americanos ao Estado Islâmico

- HOJE ÁS 22HRS (HORÁRIO DE BRASÍLIA) OBAMA FEZ PRONUNCIAMENTO AO MUNDO SOBRE A GUERRA CONTRA O ESTADO ISLÂMICO.

- Fim da Cobertura ao vivo

23:00 - OBAMA ACABA DE FAZER PRONUNCIAMENTO E CONFIRMA ATAQUE COM COALIZÃO CONTRA O ESTADO ISLÂMICO.
- Ataques serão aéreos e sem tropas terrestres americanas
- Ataques ocorrerão no Iraque e também na Síria!

OBAMA: "São os EUA que conseguem conter o mundo de ameaças como a Rússia ....o ebola.....dentre outros riscos pra humanidade"

18:44 - GLOBO - Ataques aéreos dos EUA já destruíram mais de 200 alvos do Estado Islâmico
As Forças Armadas americana destruíram em pouco mais de um mês, em ataques aéreos contra o Estado Islâmico (EI), 212 alvos, entre eles um posto de comando e 88 veículos armados dos jihadistas, informou nesta quarta-feira (10) o Pentágono.

Os Estados Unidos já realizaram 154 ataques aéreos com bombardeiros, caças e aviões não tripulados com o objetivo de facilitar o avanço de tropas do Exército iraquiano, dos "peshmerga" curdos e milícias tribais contra o EI.

18:40 - TN ONLINE - Ameaça terrorista aos EUA é mais complexa que em 2001, diz secretário
Treze anos após os ataques de 11 de Setembro, a ameaça terrorista aos Estados Unidos é hoje "mais complexa" e descentralizada do que em 2001. A afirmação foi feita hoje pelo secretário de Segurança Interna do país, Jeh Johnson, em Nova York. "O perigo está evoluindo, mas hoje é de um tipo diferente, com outras características. Não é mais a Al Qaeda de 2001, é uma ameaça mais descentralizada e mais complexa", disse Johnson, citando a milícia radical Estado Islâmico (EI), mas também os braços da Al Qaeda na Península Arábica, no Magreb [noroeste da África] islâmico, o Al Shabab na Somália e a Frente al-Nusra na Síria. Horas antes do discurso no qual o presidente Barack Obama deveria anunciar a ordem para que sejam realizados ataques aéreos contra o EI em território sírio, Johnson classificou a facção como a organização terrorista mais "proeminente" no cenário mundial hoje.

18:32 - TE INTERESA (Espanha) - Rússia adverte contra bombardear o Estado islâmico na Síria sem o consentimento do Al Assad
O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, advertiu quarta-feira contra a bombardear as posições do Estado islâmico na Síria sem obter o consentimento prévio do governo de Bashar al Assad.
Churkin advertiu que "isso vai complicar as operações internacionais (contra o terrorismo global) e representam um problema para a Rússia, assim como para muitos outros países que respeitam o direito internacional, incluindo a China", conforme relatado por Itar-Tass.

18:26 - EXAME - Série de ataques deixa mais de 30 mortos no Iraque
Os ataques acontecem depois de o grupo extremista Estado Islâmico ter tomado o controle no norte e no oeste do Iraque
Uma série de ataques, a maioria de carros-bomba mirando forças de segurança e mercados, matou pelo menos 30 pessoas nesta quarta-feira em Bagdá, capital do Iraque, de acordo com autoridades

18:08 - Veja como os militares dos EUA poderiam realizar ataques na Síria e Iraque:

18:05 - O POVO - Obama recebe apoio de rei saudita para ações na Síria
O presidente dos EUA, Barack Obama, ligou para o líder da Arábia Saudita, rei Abdullah bin Abdulaziz, nesta quarta-feira e conversou com ele sobre a necessidade de ampliar o treinamento e o envio de equipamentos para a oposição moderada síria, que poderia combater os militantes do Estado Islâmico. Segundo declaração publicada pela Casa Branca nesta quarta-feira, eles compartilharam suas preocupações com o avanço do grupo extremista no norte do Iraque e na Síria, onde já tomaram o controle de diversas cidades.

"No Iraque... participaremos da ação aérea militar se necessário. A situação na Síria é diferente”, afirmou o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, em discurso no renomado instituto de ciências sociais e políticas Sciences Po, em Paris.

“Na mídia há quem diga que a França está pronta para agir no Iraque, mas não na Síria. Não! Devemos agir nos dois casos, mas não com as mesmas abordagens”, disse o chanceler, de acordo com uma cópia de seu discurso enviada à Reuters.


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