Nova Guerra Fria

domingo, 31 de maio de 2015

GOVERNO DE TRÍPOLI PEDE MOBILIZAÇÃO CONTRA ESTADO ISLÂMICO, GRUPO ESTÁ MAIS PERTO DA FRONTEIRA TURCA!


Governo líbio em Trípoli pede mobilização geral contra Estado Islâmico

O governo líbio instalado em Trípoli convocou neste domingo uma "mobilização urgente" contra o grupo radical Estado Islâmico, depois que jihadistas reivindicaram um atentado suicida que matou membros de uma milícia aliada das autoridades.

O governo, não reconhecido pela comunidade internacional e apoiado pela coalizão de milícias de Fajr Libya (Alvorada Líbia), pediu, em um comunicado, a "oficiais e soldados do estado-maior do Exército líbio, a forças do ministério do Interior e de todos os serviços de segurança, assim como a revolucionários de [a brigada] 17 de Fevereiro em todas as cidades (...) uma mobilização urgente".

Este comunicado, lido pelo primeiro-ministro designado por este governo, pede a todas estas forças "para não deixarem nossa pátria tombar e a estarem prontas para defender a terra, a honra e a religião".

O apelo se seguiu a um atentado suicida, horas antes, que matou cinco membros das milícias Fajr Libya em um atentado suicida contra um posto de controle no oeste do país, reivindicado pelo braço líbio do EI, que declarou guerra às forças que controlam a capital.

O governo destacou, em seu comunicado, que "está determinado a combater o pensamento extremista (...) até a sua erradicação", e a "combater os 'takfiris' (em alusão aos extremistas sunitas)".

A Líbia mergulhou no caos após a queda do ditador Muammar Kadhafi, em 2011. As milícias fazem a lei no terreno, enquanto duas autoridades, cada uma dotada de um Parlamento e de um governo, disputam o poder.

O governo reconhecido pela comunidade internacional tem sede em Tobruk, no leste do país.

Aproveitando-se da instabilidade na Líbia, o EI, que se apoderou de vastos territórios na Síria e no Iraque, posicionou-se ano passado na Líbia, onde controla sobretudo trechos da região de Syrte, a leste de Trípoli.

Grupo Estado Islâmico cada vez mais perto da Turquia

Os terroristas têm avançado com ataques no norte da Síria, aproximando-se da fronteira turca.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, as forças do grupo Estado Islâmico capturaram várias localidades nos últimos dias.

A estrada que faz a ligação entre o norte da Síria e a Turquia já é controlada pelos extremistas.

Nos últimos dias, a força aérea norte-americana intensificou os ataques a várias cidades controladas pelo grupo terrorista.

ESTADO ISLÂMICO MATA 71 CIVIS E EXPLODE PRISÃO NA SÍRIA!


O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) dinamitou a prisão de Palmira, um dos símbolos da repressão do regime sírio nesse sábado (30). No mesmo dia, o governo executou um novo massacre na província de Alepo, com bombardeios que mataram 71 civis, de acordo com uma ONG.

No vizinho Iraque, as forças governamentais avançaram para Ramadi, tentando isolar os radicais do EI nesta cidade a oeste do país, antes de atacar.

No centro da Síria, o EI destruiu a famosa prisão de Palmira, uma das mais temidas do país. O grande centro penitenciário, situado em pleno deserto, e cuja simples menção aterroriza os sírios, "foi destruído em grande parte depois que o EI pôs bombas em seu interior e nos arredores", informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres.

A cidade histórica, famosa por suas ruínas, foi tomada há dez dias pelos jihadistas.

Símbolo do terror

Simpatizantes do EI publicaram no Twitter várias imagens da suposta destruição, com fotos da explosão e de edifícios destruídos.

"O EI apaga uma prova dos crimes do clã dos Assad, fazendo explodir a célebre prisão de Palmira", tuitou Mohamad Sarmin, opositor sírio no exílio.

Outros afirmavam que era preciso preservar esse "símbolo do terror dos Assad", com tudo o que poderia servir de evidência das atrocidades cometidas em seu interior.

A prisão de Palmira se tornou famosa pelo massacre de centenas de presos nos anos 1980, na época de Hafez al Assad, pai do atual presidente, embora a tortura tenha sido praticada durante anos.

Antes da queda de Palmira nas mãos do EI, o regime sírio transferiu os presos para outras penitenciárias do país.

Massacre em Alepo

Na província de Alepo, os bombardeios tiveram como alvo a cidade de Al-Bab, nas mãos do EI, e o bairro de Al-Shaar, sob controle dos rebeldes sírios, destacou o OSDH.

"O balanço alcança 71 civis mortos, 59 em Al-Bab e 12 em Aleppo", segundo esta fonte.

OTAN REALIZAM EXERCÍCIOS MILITARES NO NORTE DA EUROPA!

Aliança Atlântica mobiliza mais de cem aviões e 4 mil soldados, em manobras tidas como resposta ao aumento das atividades militares russas na região. Nove países estão envolvidos.

Seis países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), ao lado de Suécia, Finlândia e Suíça, participam desde terça-feira (26/05) de uma grande manobra aérea no norte da Europa. Mais de cem aviões de guerra e 4 mil soldados fazem parte dos exercícios.

As manobras, que vão até o dia 4 de junho, contam com a participação das Forças Armadas de Alemanha, Noruega, Reino Unido, França, Holanda e EUA.

De acordo com o vice-comandante das operações, Carl-Johan Edström, está sendo treinado um cenário fictício para a instalação de uma zona de exclusão aérea, como aconteceu na Líbia em 2011.

O objetivo do exercício é treinar o planejamento e a realização de missões aéreas complexas, explicou o general de brigada norueguês Jan Ove Rygg, comandante das manobras.

O exercício conjunto vem num momento de relativa tensão na região. Nos últimos meses, os países do norte europeu registraram em suas fronteiras um aumento das atividades da Força Aérea da Rússia. O procedimento dos russos é visto com desconfiança devido ao conflito no leste da Ucrânia.

Paralelamente às manobras da Otan, os russos iniciaram, sem aviso prévio, um exercício aéreo. Segundo o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, o presidente Vladimir Putin ordenou as manobras de quatro dias para o treinamento da preparação de combate.

Até a última quinta-feira, 12 mil soldados e 250 aviões de combate treinaram a defesa contra ataques aéreos inimigos na região dos Urais e na Sibéria.

AVIÕES ÁRABES BOMBARDEIAM O IÊMEN; EXILADOS RELATAM CONVERSAÇÕES ENTRE EUA E HOUTHIS

Quase 3 meses de conflito deixaram 2 mil mortes oficiais. Apesar de toda coalização árabe com vários países e apoio dos EUA, o conflito continua com os xiitas houthis sob o comando de várias partes do país iemenita.

Aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita bombardearam postos avançados houthis em todo Iêmen no domingo, de acordo com relatos de moradores, enquanto o governo do Iêmen no exílio disse que a milícia está em negociações com os Estados Unidos em Omã.

Os ataques atingiram uma base aérea perto do aeroporto de Sanaa e uma instalação militar que apoia os houthis, com vista para o complexo do palácio presidencial na capital Sanaa.

A coalizão liderada pela Arábia Saudita começou os ataques aéreos ao Iêmen em março, em uma campanha para reconduzir o presidente do Iêmen, Abd-Rabbu Mansour Hadi, ao poder. Ele fugiu em março, depois que os houthis, apoiados pelo Irã, conquistaram Sanaa em setembro e em seguida avançaram para o centro e o sul do país.

Quase 2 mil pessoas foram mortas e mais de 8 mil ficaram feridas durante os conflitos desde 19 de março, de acordo com as Nações Unidas.

O canal de TV al-Masira, que pertence aos houthis, disse que a coalizão lançou 25 ataques aéreos contra as principais províncias houthis de Saada e Hajja, ao longo da fronteira do reino, sem dar maiores detalhes, e disse que as forças terrestres sauditas também estão bombardeando as regiões.

Moradores de Saada confirmaram para a Reuters, por telefone, que as posições dos houthis foram fortemente bombardeadas por aviões de guerra, mas não houve confirmação imediata por parte das autoridades sauditas.

O governo do Iêmen exilado na Arábia Saudita disse à Reuters no domingo que altos autoridades houthis estão mantendo conversações com os Estados Unidos em Omã para ajudar a acabar com o conflito de nove semanas, em um sinal de que a diplomacia pode estar avançando.

POR CORRUPÇÃO NA FIFA, RÚSSIA E EUA REVIVEM GUERRA FRIA

Assim como na antiga Guerra Fria, interferências políticas e ideológicas interferem em outras áreas, desta vez no futebol

Uma nova versão da Guerra Fria entre Rússia e Estados Unidos começou a ser jogada na área desportiva com o escândalo de corrupção que atinge a cúpula da Fifa. Ontem (28), o presidente russo, Vladimir Putin, jogou de goleiro e de atacante no time da entidade máxima do futebol. Primeiro, rebateu todas as suspeitas de corrupção sobre a escolha da sede do Mundial de 2018. Depois, foi ao ataque e acusou Washington de "intromissão ilícita" em assuntos da Fifa.   

Segundo Putin, a investigação que o Departamento de Justiça dos EUA aponta, sobretudo, para impedir uma nova re-eleição de Joseph Blatter. O suíço já havia sido pressionado pelos norte-americanos, de acordo com o mandatário, para boicotar a candidatura da Rússia como sede da Copa do Mundo.   

A situação reinstalou a lógica bipolar do pós-Guerra, com a Rússia e a Confederação Asiática de Futebol respaldando a re-eleição de Blatter e o líder da Uefa pedindo para que o mandatário renuncie ao cargo e apoiando a candidatura da oposição, representada pelo príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein.   

Nesse cenário, como era de se esperar, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, se alinhou com a postura europeia e também pediu a imediata renúncia do presidente. Mais moderado, o chanceler francês, Laurent Fabius, só solicitou a postergação da data de votação - algo não atendido. Quem chutou diretamente ao gol foi Putin, temeroso que o escândalo termine chegando também ao Kremlin e faça sombras sobre um Mundial que deveria marcar o fim de seu terceiro mandato e impulsionar o início do seguinte. "A investigação dos Estados Unidos sobre dirigentes da Fifa é uma clara intenção de impedir a re-eleição de Blatter", reclamou o presidente russo que acusou ainda os norte-americanos de impulsionar uma "última e evidente intenção para estender sua jurisdição sobre outros países".   

Ao seu entender, as prisões de sete integrantes do Comitê Executivo da Fifa em Zurique "resultam estranhas porque foram realizadas a pedidos da parte norte-americana", mesmo que o país "não tenha nada a ver com isso". "Não são cidadãos norte-americanos, mas sim funcionários internacionais e, se algo aconteceu, não foi em seu território", destacou.   

Porém, de qualquer maneira, a questão não deveria ter incidência sobre o Mundial da Rússia em 2018. "Se alguém se equivocou, meu país não tem nada a ver com isso. Não nos compete", repetiu Putin. A opinião é idêntica ao do ministro dos Esportes, Vitali Mutko.   

"Não existe perigo de que perderemos a organização da Copa.   

Nossa campanha foi realizada com total honestidade e a Rússia não está envolvida em atos de corrupção", destacou.   

Mesmo que seu país não escape da corrupção, que se estende como uma praga não só ali, a Rússia não está disposta a renunciar ao Mundial que Putin impulsionou, originalmente, em 2009, quando a Fifa vivia outros tempos.